História de Maria da Penha inspira filme
Em 2006, o governo federal sancionou a lei nº 11.340, que pune com severidade praticantes de violência doméstica contra a mulher. De pronto, o texto foi batizado, informalmente, de "Lei Maria da Penha". Maria da Penha Maia Fernandes é a biofarmacêutica que, durante duas décadas, lutou, na Justiça, pela condenação do ex-marido, o colombiano Marco Antonio Heredia Vivero.
Acusado de tê-la atingido com um tiro nas costas, em 1983 - que acabaria por deixá-la paraplégica -, Vivero só foi preso em 2002, seis meses antes da prescrição do crime. Dos dez anos que deveria passar em cárcere, cumpriu dois.
A luta de Maria da Penha Fernandes para prendê-lo - que resultou, posteriormente, na criação da lei - vai virar filme, a ser rodado no próximo ano, com direção de Cidinha de Paula. O projeto é da atriz Naura Schneider, que além de interpretar Maria da Penha, assina a produção.
"A história é interessante do ponto de vista cinematográfico." Schneider explica: "A Maria da Penha tomou o tiro de bruços, enquanto dormia. Como ela não morreu, o marido foi à cozinha, cortou o ombro e forjou um assalto. Só que nada foi revirado na casa, ele não foi baleado."
Maria da Penha Maia Fernandes ainda viveu mais dois anos ao lado de Vivero, até duvidar da versão dele. A produtora diz que não pretende mudar o nome do ex-marido da vítima: "No livro escrito por ela, ele é citado e nunca processou". Em 2010 Schneider lançou "Silêncio das inocentes", um documentário sobre a história de Maria da Penha. "Todos conhecem a Lei Maria da Penha, mas a história da vida dela é pouco conhecida", argumenta.
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