Delegado diz que PMs mataram a juíza para tentar evitar prisão
Os três PMs apontados como responsáveis pela morte da juíza Patrícia Acioli, assassinada há um mês, planejaram o crime em uma tentativa de evitar que a vítima decretasse a prisão do trio - que era acusado de matar um jovem -, de acordo com o delegado Felipe Ettore, da Divisão de Homicídios do Rio.
A prisão dos três PMs, no entanto, foi decretada por Acioli horas antes de sua morte. Ontem (11), a Justiça decretou a prisão do trio devido à suspeita de envolvimento na morte da juíza. Porém, o tenente Daniel dos Santos Benites e os cabos Sergio da Costa Junior e Jefferson de Araújo Miranda, lotados no 7º Batalhão (São Gonçalo), já estavam presos no BEP (Batalhão Especial Prisional), em Benfica, devido à decisão de Acioli.
Segundo o delegado, os PMs receberam no dia 11 a informação de que teriam a prisão decretada por participar da morte de Diego da Conceição Beliene, 18, em junho, no morro do Salgueiro, em São Gonçalo. O crime tinha sido registrado na 72ª DP (São Gonçalo) como auto de resistência (morte em confronto com a polícia). No entanto, testemunhas afirmam que tratou-se de um assassinato.
Segundo Ettore, os policiais Junior e Benites aguardaram a magistrada sair do fórum de São Gonçalo e, a bordo de uma moto, seguiram Acioli até sua casa.
O inquérito aponta que o crime foi planejado um mês antes, quando Acioli expandiu o número de investigados pela morte de Diego Beliene, em junho. As investigações apontam que os três usaram um veículo do 12º Batalhão (Niterói) para analisar o bairro onde a juíza morava. Eles escolheram um carro sem GPS e receberam a informação da advogada que os representava no processo. Ettore afirmou que não poderia ainda dizer se ela está envolvida no crime.
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