Policiamento é reforçado no Complexo do Alemão após morte de policial em UPP no RJ

Foto de Antonio Scorza-France Presse

O Complexo do Alemão, no Rio de Janeiro, está com o policiamento reforçado na manhã desta terça-feira (24), após a soldado da Polícia Militar (PM) Fabiana Aparecida dos Santos ter sido morta na noite de ontem durante um ataque a sede administrativa da UPP (Unidade de Polícia Pacificadora) que funciona na região.

Segundo a PM, o Bope (Batalhão de Operações Especiais) está no local e buscas estão sendo feitas desde a noite de ontem, mas até a manhã desta terça-feira nenhum suspeito tinha sido identificado. Em nota, a SSP (Secretaria de Segurança Pública) do Rio afirmou que Fabiana foi vítima "dos fuzis de alto poder utilizado por traficantes que ainda resistem à pacificação nos Complexos do Alemão e da Penha".

A SSP disse ainda que o processo de pacificação continua até a "reconquista do território". A polícia também pede que a população colabore através do Disque-Denúncia (0/xx/21/2253-1177) e do 190, fornecendo informações que possam levar à localização e prisão dos responsáveis pela morte da soldado.

Segundo a PM, a morte de Fabiana corresponde à primeira morte de policial de UPP durante o serviço. O Complexo do Alemão foi oupado por forças do Exército em novembro de 2010. Como preparação para a implantação das UPPs, policiais do Bope e da Tropa de Choque da PM também passaram a ocupar a comunidade em março deste ano. A instalação das primeiras UPPs do local, porém, ocorreram em abril.

Já a retirada do Exército foi concluída há duas semanas. A primeira UPP do Rio foi implantada em 28 de novembro de 2008, na favela Santa Marta, em Botafogo (zona sul). Hoje, já são 200 UPPs em funcionamento. Uma pesquisa divulgada no início do mês apontou que apenas 49% dos policiais em UPPs se consideram adequadamente preparados para o trabalho. Texto publicado originalmente em 24 de julho de 2012, no jornal Folha de São Paulo, caderno Cotidiano.