Justiça paulista condena homem morto desde 2008
A Justiça de Ribeirão Preto condenou nesta semana a 30 anos de prisão um homem que está morto desde 2008. Parentes de Jair Francisco Manoel Júnior afirmaram perante o júri que assistiram ao sepultamento do réu. Mesmo assim, ele foi condenado por homicídio duplamente qualificado, por crime em 2000.
O Tribunal de Justiça de São Paulo diz que a defesa não entregou a certidão de óbito do condenado - portanto, para efeito jurídico, ele não está morto. O advogado de defesa, Luiz Carlos Martins Joaquim, afirma que entregou a certidão de sepultamento após o julgamento, mas a Justiça diz que o documento não está nos autos.
O advogado vai recorrer e ainda alega que Manoel Júnior é inocente.Jânio Rodrigues Oliveira, chefe do 1º Cartório de Registro Civil de Goiânia, afirma que Manoel Júnior foi assassinado a tiros, como atesta certidão de óbito emitida pelo estabelecimento. O caso se assemelha ao revelado pela Folha em maio. Um médico enterrado no cemitério São Paulo está entre os 2.700 mortos na lista de procurados pela Justiça.
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