Protecionismo ao vinho brasileiro: Governo quer encarecer o vinho importado
O governo brasileiro quer encarecer o vinho importado ou retirá-lo da prateleira como forma de proteger a indústria nacional. Após analisar as compras nos últimos anos, o governo concluiu que as importações causaram um "prejuízo grave à indústria doméstica" e decidiu abrir uma investigação para imposição de salvaguarda, a medida comercial mais dura no âmbito da OMC (Organização Mundial de Comércio), cujo resultado prático será a imposição de uma quantidade máxima de vinho importado ou aumento dos tributos cobrados na aduana.
O foco principal são os vinhos portugueses, italianos e chilenos. Os europeus, segundo os produtores brasileiros, tornaram-se mais baratos com a crise financeira internacional.
Já os vinhos chilenos não pagam imposto de importação desde o ano passado, conforme um acordo assinado com o Mercosul (Mercado Comum do Sul).
Protecionismo
Na avaliação do consultor Welber Barral, ex-secretário de Comércio Exterior, o foco do governo deveria ser outro. "A expansão da classe média ampliou o mercado de vinhos, que vem sendo conquistado por importados", analisou. "Seria mais eficiente aumentar qualidade e competitividade do produto nacional, pois excesso de protecionismo terá efeitos contrários."
Até hoje, o País só implementou duas salvaguardas, para brinquedos e o coco ralado.
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