Em referendo, professores federais da Bahia decidem não entrar em greve
O referendo, realizado durante os dias 4 e 5 pela Apub (Associação dos Professores Universitários da Bahia), decidiu pela não realização da greve na Ufba (Universidade Federal da Bahia). A apuração terminou no início da madrugada desta quinta-feira (07).
Foram 415 votos contra, 390 a favor, 4 nulos e 4 brancos, num total de 813. Na manhã de quarta, alguns estudantes tiveram aula normalmente em alguns campus da universidade. Apenas os professores do Instituto de Física, de Fonoaudiologia e da Faculdade de Educação haviam suspendido as aulas totalmente.
Em outras unidades, como na Escola de Odontologia, Geociências, Instituto de Ciências e Saúde e Medicina, o funcionamento foi parcial. No Pavilhão de Aulas da Federação (PAF) 3, em Ondina, embora faixas e cartazes indicassem o estado de greve, em muitas salas haviam aulas.
“Os professores entraram em contato com os alunos por e-mail e estão combinando horários”, afirmou o aluno João Carlos Santana. Em nota divulgada à imprensa, a Apub diz que “todos os professores e professoras devem continuar a desenvolver suas atividades normalmente”.
A greve dos professores na maioria das universidades federais começou no dia 17 de maio em todo o País. No entanto, a Ufba só aderiu à paralisação no dia 30.
Ufrb - De acordo com o sindicato, após a decisão, o Instituto Federal da Bahia (Ifba), a Universidade Federal da Bahia (Ufba) e a Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (Ufrb) devem ter as aulas mantidas. Porém, a Apub não representa a totalidade dos professores da Ufrb, que ainda mantêm o calendário da mobilização ativo.
Os docentes da Ufrb são filiados a Apur (Associação dos Professores Universitários do Recôncavo da Bahia) e declaram ainda estar em greve. Eles estão mobilizados desde o dia 21 de maio, com a universidade parada.
Greve dos estudantes - Mesmo com o resultado do referendo, os estudantes da Ufba decidiram, em assembleia realizada na tarde de quarta, entrar em greve por tempo indeterminado. A reunião foi organizada pelo DCE (Diretório Central dos Estudantes) da universidade e aconteceu no departamento de Arquitetura. Mais de dois mil estudantes participaram do encontro.
Entre as 37 reivindicações, os alunos pedem melhorias no serviço do restaurante universitário e implantação do serviço nos campus do Canela, São Lázaro, Vitória da Conquista e Barreiras; pedem melhores livros no acervo da biblioteca, construção de mais residências e aumento no número de bolsas estudantis.
Uma nova assembleia foi marcada para a próxima terça-feira (12), para definir o calendário de mobilizações do movimento.
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