Quadrilha acusada de matar mais de dez pessoas é presa na Bahia e no Espírito Santo
Pelo menos 11 pessoas foram assassinadas na Bahia e no Espírito Santo entre 2009 e 2011, vítimas de uma quadrilha de pistoleiros. Dos seis acusados, quatro foram presos hoje (24) e outros integrantes da quadrilha são procurados. Heverson de Jesus Sampaio foi preso em Linhares (a 138 km de Vitória), Ovídio Santos Sampaio, em Camacan (a 525 km de Salvador), Reginaldo Amaral Santos, em Porto Seguro (a 719 km de Salvador), e Wesley Ferreira Serafim, preso em Governador Lindemberg (a 215 km de Vitória).
As prisões ocorreram durante uma operação das polícias Civil e Militar da Bahia e do Espírito Santo, e mobilizou equipes da Coordenação de Operações Especiais (COE). De acordo com o delegado Moisés Damasceno, titular 6ª Coordenadoria Regional de Polícia do Interior (Coorpin/Itabuna), entre os criminosos procurados estão Agnailton Dias Miranda, conhecido como Guito, e Genivaldo Oliveira dos Santos, conhecido como Querido.
Os crimes
Edivan Ribeiro Santana, dono de um supermercado em Camacan, é acusado de ter contratado Ovídio Santos e Reginaldo Amaral para matar sua mulher, a empresária Kátia Cristina Lima dos Santos, com quem era casado há 15 anos. Ela foi assassinada a tiros na noite de 27 de dezembro de 2010, na porta de uma igreja evangélica, em Camacan. Kátia foi morta na presença da mãe dela, das filhas do casal e de uma sobrinha da vítima.
O vereador do município de Pau Brasil (a 550 km da capital baiana), Walderlins Pinheiro Matos, conhecido como Pinho, foi morto com dois tiros no dia 18 de dezembro de 2010, em Pau Brasil. Segundo a polícia, os tiros foram disparados por Ovídio Santos e Wesley Ferreira, contratados por Marcos Santos Rocha. Acusado de ser o mandante do crime, Marcos foi preso no último dia 16 de junho, em Pau Brasil.
Na tarde de 11 de setembro de 2009, Joaldo Santana foi morto com dois tiros à queima-roupa em uma calçada no bairro São Jorge, na cidade de Santa Luzia. De acordo com a polícia, ele foi morto por Ovídio Santos e Heverson de Jesus Sampaio.
No dia 10 de junho de 2010, Arnaldo Cardoso da Silva foi morto a tiros na zona rural de Santa Luzia. Segundo a polícia, o autores do crime são Ovídio Santos e Agnailton Dias Miranda, contratados pela mulher da vítima, Auzenir Nery dos Santos.
Na noite de 13 de junho, Anilton Teófilo da Silva foi morto a tiros na região de Pau Ferro, em Camacan. Segundo a polícia, os tiros foram disparados por Ovídio Santos e Agnailton Dias, contratados por dois homens conhecidos como Os Irmãos Vaz, motivados pela vingança da morte de um adolescente, membro da família Vaz, morto em 1990.
No dia 30 de julho, o pistoleiro Agnailton Dias Miranda, conhecido como Guito, foi morto a tiros em Jacareci, distrito de Camacan. De acordo com a polícia, o crime foi cometido por Genivaldo Oliveira dos Santos, a mando de Ailton Cardoso das Silva, irmão de Arnaldo Cardoso da Silva, morto em 10 de junho, em Santa Luzia. Para a polícia, o crime foi uma retaliação contra a morte de Arnaldo Cardoso.
No dia 10 de setembro, Auzenir Nery dos Santos, mulher de Arnaldo Cardoso, acusada de mandar matar o marido, foi morta a tiros quando passava pela rua Marechal Castelo Branco, em Santa Luzia. Segundo a polícia, Auzenir foi assassinada por Genivaldo Oliveira dos Santos, contratado por Ailton Cardoso da Silva, irmão de Arnaldo Cardoso. O crime foi uma vingança pela morte do irmão, segundo a polícia.
Na madrugada de 06 de novembro, também na rua Marechal Castelo Branco, em uma região conhecida como Morro, em Santa Luzia, Nailton Santos dos Anjos, o Feinho, foi morto a tiros, quando ia para sua casa. Segundo a polícia, o autor do crime foi Heverson de Jesus Sampaio, ameaçado pela vítima, que queria denunciar a quadrilha à polícia.
Em 26 de novembro, Mário Cesar Oliveira Barros foi morto a tiros, em Santa Luzia. Os autores do crime, segundo a polícia, foram Ovídio Santos Sampaio e Heverson de Jesus Sampaio, contratados por um fazendeiro conhecido como Gilberto, dono de uma fazenda na região de Via Bagó, em Santa Luzia.
No dia 15 de fevereiro de 2011, o carcereiro da delegacia de Santa Luzia, Edilson Rodrigues da Silva, conhecido como Dito, foi morto a tiros dentro de um ônibus, no município de Itapebi (a 580 km de Salvador). Segundo a polícia, um morador da região afirmou que Edilson foi assassinado por Reginaldo Amaral Santos, e acusou Ovídio Santos Sampaio de ter encomendado o crime, motivado pelas ameaças da vítima, que pretendia denunciar os pistoleiros à polícia.
0 Comentários:
Postar um comentário
Assinar Postar comentários [Atom]
<< Página inicial