terça-feira, 2 de julho de 2013

Em dia de fúria, professor destrói produtos em loja em SP

Revoltado com a demora no ressarcimento de uma compra que nunca foi entregue, o professor Rodrigo Ciríaco, de 32 anos, entrou em uma loja da Dicico, em São Paulo, e destruiu diversos produtos do mostruário com um martelo. Ele postou um vídeo no Youtube, que já teve mais de 80 mil visualizações, falando sobre seu "dia de fúria" e contando o que aconteceu. 
Na gravação, Rodrigo aparece em frente à loja explicando que os produtos que comprou não foram entregues e por isso ele pediu o ressarcimento, que também não foi feito, obrigando-o a fazer a mesma compra em outra loja e atrasando o andamento da obra. 
"Essa é a quarta vez que venho aqui. Eu juro que não queria fazer o que vou fazer." Em seguida ele entra na loja e quebra diversos produtos. "Eu comprei uma cuba dessa, como não me entregaram...", diz Rodrigo, antes de marretar uma cuba de pia no mostruário
Segundo ele, o problema não foi um simples atraso. "Primeiro a loja disse que havia o produto no estoque, mas não entregou no prazo. Depois prometeram fazer a entrega em três datas diferentes, nenhuma foi cumprida. Deram várias desculpas, como de que o carro da loja havia quebrado. Aí finalmente disseram que não tinham o produto em estoque."
Rodrigo diz que comprou os produtos em outra loja e pediu o reembolso, que foi prometido para o mesmo dia. "Depois eles disseram que só iam me ressarcir em 20 dias. Tenho 50 minutos de conversa gravada com as mentiras que eles contaram".
Pai de uma criança, formado em História pela USP, escritor e professor da rede pública, Rodrigo afirma que é uma pessoa pacífica, mas não aguentou o desrespeito. "Eles me levaram ao limite. Tive muito prejuízo", diz ele, que precisa pagar aluguel enquanto as obras da sua casa, em financiamento, não ficam prontas.
"Eu vi diversas reclamações parecidas contra a loja na internet e isso me deixou ainda mais bravo. Não acho que o que eu fiz está certo, e se tiver que responder na Justiça, vou responder. Mas não me arrependo, porque a loja também tem que responder - e está respondendo, com o prejuízo à imagem."
O professor diz que em nenhum momento quis incitar a violência com o vídeo e que só levou a câmera por uma questão de segurança. "Eu deixei claro que não queria machucar ninguém, queria danificar só o que eles não entregaram, mas alguém podia reagir. A câmera foi pra eu poder me resguardar fisicamente." 
Segundo ele, o vídeo só foi postado na internet para mostrar o tratamento que a loja dá aos clientes. A Dicico disse que vai pedir a retirada do vídeo do Youtube e afirmou, em nota, que tinha se comprometido com o reembolso.

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