quarta-feira, 19 de agosto de 2020

Médico é encontrado morto em seu apartamento na Barra

O médico Gellis Prado, de 39 anos, foi encontrado morto no final da tarde da última quarta-feira (12), em seu apartamento na Rua Pedro Milton de Brito, edifício Terra do Sol, no bairro da Barra, em Salvador.  

O corpo do médico, que era gay assumido, estava em estado de decomposição, com hematomas na testa e na cabeça. Ele estava morto desde o domingo (09). 


As imagens da câmera do prédio  registram um homem saindo com uma mala. Em depoimento na delegacia, funcionários do prédio afirmaram que o homem que aparece nas imagens é Lucas, garoto de programa que frequentava o apartamento da vitima há dois meses.


No dia 12, o ex-marido de Gellis, John Mark, que está morando nos EUA, achou estranho ele não atender suas ligações, e telefonou para uma amiga deles pedindo que ela fosse até o apartamento de Gellis. A amiga chamou um chaveiro e abriu o apartamento. Ela passou mal ao ver o amigo morto. 


A polícia foi acionada e o corpo removido para o Instituto Médico Legal (IML) Nina Rodrigues. O inquérito ainda não foi concluído. 


De acordo com o Departamento de Polícia Técnica (DPT), o laudo da perícia deve ser entregue em 30 dias. No atestado de óbito consta “morte a ser esclarecida”. 


A delegada Marta Karine Menezes Aguiar, coordenadora da 1ª Delegacia de Homicídios (DH/Atlântico), que está à frente do caso, informou que ouviu e que vai tomar novos depoimentos de amigos, parentes, vizinhos e funcionários do prédio. 


A delegada informou também que não vai comentar sobre o caso até a conclusão do laudo e para não atrapalhar as investigações.


Gellis Prado era diretor do Hospital de Santo Amaro da Purificação, trabalhou na Santa Casa de Misericórdia de Oliveira dos Campinhos e no Hospital Nossa Senhora da Natividade, em Saubara. 


O irmão da vítima, Michel Luis Prado, que mora em São Paulo, está em Salvador para acompanhar as investigações. O ex-marido do médico chegará na próxima semana a Salvador para acompanhar o caso. Os pais da vítima moram em Buenos Aires e também chegarão a Salvador na próxima semana. 


Amigos, colegas, parentes e funcionários dos hospitais onde Gellis trabalhava contaram que o médico era calmo, tranquilo, nunca foi violento, uma pessoa genuinamente boa, caridosa e sempre dócil.


“Estamos revoltados e muito tristes  com a morte de dr. Gellis, um médico excelente, só fazia o bem, era querido pelos outros médicos, pelos funcionários do hospital e por todos os pacientes”, disse, emocionada, Amelia Cruz, que era paciente da vítima.


Na página de Gellis e de seus amigos, parentes e colegas nas redes sociais, estão postados mais de mil comentários elogiando o médico, lamentando a morte, pedindo justiça e demonstrações de tristeza e indignação diante da notícia da morte. 


O corpo do médico foi enterrado na sexta-feira (14), às 16h, no Cemitério Campo Santo, em Salvador. 

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