sexta-feira, 11 de março de 2011

Poço Encantado reabre após três anos

Foto de Dorival Moreira
Após três anos fechada, uma das atrações turísticas mais conhecidas da Chapada Diamantina, a gruta do Poço Encantado, um lago de tonalidade azul deslumbrante, que possui raras estalactites de cristal transparente, reabre à visitação pública nesta sexta-feira (11), após permanecer mais de três anos fechada. Na cerimônia de reabertura, o superintendente do Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e dos Recursos Naturais (Ibama) na Bahia, Celio Pinto, removeu o lacre que determinava a interdição do espaço.
O Ibama interditou a gruta em novembro de 2007, depois de uma vistoria técnica em que o órgão constatou a construção - sem autorização - de uma escada de 102 degraus em seu interior, com materiais que descaracterizavam o aspecto original do ambiente, e em desacordo com a legislação ambiental.
A reabertura do Poço Encantado foi possibilitada mediante a assinatura de um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC), no último dia 18 de fevereiro, entre o Ibama, o Ministério Público Federal na Bahia (MPF/BA), o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), e o responsável pela exploração turística do poço, o agricultor Miguel Jesus da Mota, quando ele se comprometeu a cumprir as condições impostas pelo Ibama sob pena de ter o embargo revogado.
Entre as medidas determinadas pelo Ibama, destacam-se o reforço da segurança da escadaria, com a reposição de cordas novas e mais bem fixadas, a regularização da exploração turística do poço, requerendo-se, no prazo de até 120 dias, contados da assinatura do termo, a autorização de uso da gruta pela Secretaria do Patrimônio da União na Bahia, a licença ambiental, concedida pelo Ibama, e a implementação das medidas previstas no plano de ação emergencial definido em conjunto com o ICMBio e o Cecav, no prazo de 36 meses.
O cumprimento das medidas determinadas no documento será feito por um analista do Ibama. O agricultor foi penalizado em R$ 50 mil pelas intervenções realizadas no interior da caverna, e a cobrança dessa multa permanece inalterada.

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