Júri popular: acusado de matar 42 crianças soma mais de 250 anos de condenações
14 anos após o crime, o mecânico Francisco das Chagas, acusado da morte de 42 meninos e adolescentes entre 1991 e 2003, foi condenado nesta terça-feira (05) em júri popular a 57 anos e seis meses de prisão pela morte de duas crianças, assassinadas entre 1997 e 1998, em São José de Ribamar, no Maranhão. Esta é a terceira condenação contra ele.
A defesa do mecânico alegou que um outro réu já havia sido julgado por uma das mortes, mas a 1ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Maranhão manteve a sentença da juíza Tereza Cristina Carvalho, da comarca de São José de Ribamar.
Ontem, o Tribunal do Júri condenou Chagas a 28 anos e nove meses de prisão pela morte de uma criança de quatro anos, também em São José de Ribamar.
Chagas foi preso em dezembro de 2003, sob suspeita da morte do adolescente Jonathan Vieira, de 15 anos. Em março de 2004, investigadores da Polícia Civil do Maranhão encontraram duas ossadas enterradas dentro da casa do mecânico. Na época, Chagas negou a autoria das mortes, mas depois relatou à polícia ter matado 28 meninos em São Luís e outros 12 em Altamira (PA), onde morou por um período. As vítimas eram, em geral, meninos pobres, que trabalhavam nas ruas para ajudar as famílias. O caso no Maranhão ficou conhecido como “os meninos emasculados de São Luís” e, pela demora nas investigações das mortes, custou ao Brasil uma representação na Organização dos Estados Americanos (OEA).
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