Polícia acha restos mortais de família desaparecida na França
Da France Presse, em Nantes
O misterioso desaparecimento, desde o dia 04 de abril, de uma família numerosa (os pais e seus quatro filhos), tomou contornos macabros hoje (21), após a descoberta de quatro corpos enterrados em uma fossa, no jardim da casa da família em Nantes (França), quando tudo fazia crer que se preparavam para viajar à Austrália.
Estavam desaparecidos: o pai, Xavier Dupont de Ligonnès, de 50 anos, administrador de uma pequena empresa em Pornic (oeste da França), a mãe, Agnès, de 49 anos, professora de catecismo de uma escola local, e seus quatro filhos - Thomas e Arthur, estudantes de 21 e 18 anos, Anne e Benoît, de 16 e 13 anos.
Investigações minuciosas foram realizadas no interior e no exterior da casa até a descoberta, nesta quinta-feira, dos corpos de Agnès e dos quatro filhos do casal. A polícia encontrou "restos de uma perna" no terraço que dá para o jardim, depois partes de quatro corpos baleados.
Amanhã (22) serão realizadas as autópsias para confirmar a identidade das vítimas e a causa da morte. Na caixa de correspondência, um pequeno cartão branco dizia: “volta ao remetente. Obrigada”, informou o procurador de Nantes, Xavier Ronsin. No interior da casa, todos os armários foram esvaziados.
Há dez dias, a escola católica Sacré Coeur, onde estudavam os mais jovens da família, recebeu um comunicado informando que “em seguida a uma mudança profissional urgente”, toda a família acompanharia o pai à Austrália. “A mensagem estava acompanhada de um cheque para liquidação das contas até o final do ano escolar”, declarou o diretor da escola, Olivier Bouissou. O diretor afirmou que recebeu a nota depois de uma ausência de mais de quatro dias das crianças.
Antes de desaparecer, a família deixou mensagens “delirantes e contraditórias”, segundo o procurador. A pessoas próximas, “o senhor contou que era agente secreto e que estava incluído num programa de proteção a testemunhas”. “Eram pessoas comuns”, comentou um agente imobiliário Yann Le Pollès, que trabalha num local próximo da casa.
A família chegou a viver, antes, no bairro de Versailles, depois em Var (sul) antes de se instalar em Pornic e depois em Nantes. Tinha dois cachorros. "Era uma pessoa muito compenetrada, muito dedicada", segundo o vizinho da frente, Florent Chotard.
Não longe da casa de pedras cinzentas, foi encontrado um pulôver preto que pertencia, segundo os vizinhos, à mãe. Nos restos de pólen no carro da família, estavam escritas com letra de mão as palavras: “não tinhas direito. Fazes falta. PK”.
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