Professores da rede estadual da Bahia decidem continuar a greve, que completa 84 dias
Os professores da rede estadual da Bahia decidiram, em assembleia realizada na manhã desta terça-feira (03), manter a greve que dura 84 dias e já prejudicou 1,2 milhão de estudantes. De acordo com Rui Oliveira, coordenador do Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado da Bahia (APLB), o governador Jaques Wagner (PT) só fez proposta pela imprensa, mas ele não quer sentar com a categoria para negociar.
Os professores reinvindicam reajuste de 22,22%. O governo oferece aumento de 7% para novembro e 7% em abril do próximo ano. Uma assembleia extraordinária está marcada para a próxima terça-feira (10), na Secretaria de Educação (SEC), segundo Marilene Tetros, vice-coordenadora da APLB.
Rui Oliveira informou que na próxima quinta-feira (05) a categoria fará uma manifestação às 9h, na sede do Ministério Público (MP), no CAB (Centro Administrativo da Bahia), em repúdio ao contrato no valor R$ 1,6 milhão, feito sem licitação, entre o Governo da Bahia e a empresa Abais Conteúdos Educativos e Produção Cultural, do professor Jorge Portugal.
Em nota, o Governo afirmou que a Abais foi contratada pela "capacidade técnica, pedagógica e de infraestrutura" e que 200 mil alunos serão beneficiados com o 'aulão'". Na nota, o Governo não esclarece sobre os demais alunos, prejudicados há 84 dias.
A greve é legal, determina Ricardo Lewandowski, ministro do STF
O ministro do STF (Supremo Tribunal Federal), Ricardo Lewandowski, derrubou na última quinta-feira (28) a liminar concedida pelo Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA), que considerava ilegal a greve dos professores da rede estadual da Bahia.
A liminar foi concedida pelo juiz da 5ª Vara da Fazenda Pública de Salvador, Ricardo D' Ávila. O processo retornou para o TJ-BA.
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