Organizações ligadas à imprensa repudiam ações da Igreja Universal
Organizações ligadas à imprensa repudiam ações da Igreja Universal
Publicado em 20/02/2008 18:10
Redação Portal IMPRENSA*
A Federação Nacional dos Jornalistas, o Sindicato dos Jornalistas do Município do Rio de Janeiro, o Sindicato dos Jornalistas da Bahia e demais Sindicatos do país filiados à FENAJ divulgaram uma nota nesta quarta-feira, 20, em repúdio à atitude da direção da Igreja Universal do Reino de Deus, "que desencadeia campanha de intimidação contra jornalistas no exercício da profissão".
As organizações fazem um apelo aos Tribunais e ao Superior Tribunal de Justiça, "no sentido de alertá-los para ações que se multiplicam a fim de inibir o trabalho de jornalistas em todo o país". Em nota, consideram que "o acesso e a divulgação da informação garantem o sistema democrático, são direitos do cidadão, e o cerceamento de ambos constitui violação dos direitos humanos".
A decisão da TV Record, controlada pela Universal, de veicular a foto da jornalista Elvira Lobato, da Folha de S.Paulo, é considerada pelas organizações "inadmissível, uma clara incitação à intolerância e ao uso de um meio de comunicação social de modo frontalmente contrário aos princípios democráticos, ao debate civilizado e construtivo entre posições divergentes". Para eles, a exposição da jornalista em rede nacional de televisão, apontando-a como vilã no relacionamento com os fiéis, "transfere para a Igreja a responsabilidade pela garantia da sua integridade moral e física".
O comunicado ainda exige que os responsáveis pela Igreja Universal "intervenham para impedir qualquer tipo de manifestação de intolerância contra a jornalista".Os jornalistas Bruno Thys, do jornal carioca Extra, e o repórter Valmar Hupsel Filho, do jornal baiano A Tarde, também são lembrados pelas organizações, que encaram as ações encaminhadas à Justiça com o "nítido objetivo de intimidar jornalistas, em particular, e a imprensa, em geral. Esses processos intranqüilizam e desestabilizam emocionalmente a vida dos profissionais e de seus familiares".
As diretorias dos órgãos que assinaram o comunicado sustentam que "a imprensa não pode se confundir com partidos políticos, crenças religiosas ou visões particulares de mundo".
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