Trinidad sem Tobago
GOLI GUERREIRO
Port of Spain é uma cidade intrigante. Em pleno mar do Caribe, a capital da ilha Trinidad vira as costas para o turismo, embora exiba um patrimônio arquitetônico invejável e realize um dos mais vibrantes carnavais caribenhos, embalado pelo calypso e pela soca.
Os trinidadianos se orgulham de ter inventado as steels bands – orquestras percussivas modeladas em barris de petróleo. A cidade, habitada majoritariamente por negros e indianos, guarda marcas da longa colonização inglesa, reveladas nos amplos parques e no casario Ginger Bread, estilo arquitetônico da Era Vitoriana. É delicioso caminhar observando o desenho das casas em madeira que confere uma elegância antiga às suas ruas silenciosas por onde circulam luxuosos carros japoneses (será que eles têm buzina?). Mas o cenário imprevisível não esconde a atmosfera caribenha.
O culto a Bob Marley impressiona. São muitos os rastafaris que mantêm longos dreadlocks. A música jamaicana e o reggae são a trilha dos táxis, bares e clubes noturnos. No centro, discotecas ambulantes, com estantes e alto-falantes, oferecem uma variedade de compilações de música produzida no Caribe e na América do Norte. Como resistir às audições promovidas nas calçadas pelos sofisticados vendedores de discos piratas, que selecionam pérolas do ragga, funk, soca, ska, gospel e reggae music e soca. Um deleite!
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