quinta-feira, 7 de abril de 2011

Massacre em escola no Rio de Janeiro mata 12 crianças

Wellington Menezes de Oliveira, de 24 anos, ex-aluno da escola municipal Tasso da Silveira, em Realengo (RJ), invadiu a unidade por volta das 8h30 desta quinta-feira (07), e atirou contra os alunos.
As informações da Secretaria da Saúde do Rio de Janeiro são de que até o momento morreram 12 crianças - dez meninas e um menino, com idades entre 12 e 15 anos. Outras 18 pessoas ficaram feridas. As vítimas foram levadas pelo Corpo de Bombeiros para o hospital Albert Schweitzer, hospital da Polícia Militar e outras unidades de emergência do Rio.
O criminoso foi baleado pela polícia e em seguida se matou com um tiro na cabeça. O comandante do 14º Batalhão (Bangu) da Polícia Militar em Realengo, coronel Djalma Beltrame, informou que o assassino usou dois revólveres calibre 38, e levava muita munição. Ele recarregou as armas nove vezes e disparou 66 tiros, segundo a polícia.
Testemunhas afirmaram que o assassino abria as portas das salas e atirava contra as crianças. Não se sabe a motivação do crime. De acordo com a Secretaria Municipal da Educação, a escola atende estudantes com idades entre 9 a 14 anos - da 4ª a 9ª série, e tem 999 alunos, sendo 400 no período da manhã.
Os mortos
Ana Carolina Pacheco da Silva, de 13 anos
Bianca Rocha Tavares, de 13 anos. Muito caseira, gostava de navegar pela internet e ajudava a avó a arrumar a casa. Sua irmã gêmea, Brenda, ficou ferida.
Géssica Guedes Pereira, de 15 anos. Aluna do 7º ano, estava na escola desde o 4º. Segundo sua mãe, Sueli Guedes, era uma menina alegre, cercada de amigos. "O sonho da minha filha era estudar na Marinha. Ela estava fazendo um curso preparatório. Agora vai ser difícil olhar para as coisas dela", disse. A mãe soube da tragédia pela TV. Foi procurar a filha no hospital Albert Schweitzer. Lá reconheceu, por foto, o corpo da filha. Géssica tinha duas irmãs.
Igor Moraes da Silva, de 13 anos
Karine Lorraine Chagas de Oliveira, de 14 anos. A tia de Karine, Ana Paula Oliveira dos Santos, soube da história pela televisão e correu para o local junto com a avó da menina, a camelô Nilza Candelária Ferreira, de 63 anos, que criava Karine desde que ela tinha três anos. A tia e a avó tentaram ligar diversas vezes para o celular de Karine, até que um aluno atendeu e disse que havia encontrado o aparelho no chão e que os feridos tinham sido levados para o hospital. "Minha neta só estudava, estava feliz da vida. Queria que fosse eu no lugar dela!", disse, aos prantos a avó.
Larissa dos Santos Atanázio, de 14 anos. Evangélica, frequentava a igreja todo domingo. Dona de olhos castanhos, sonhava ser modelo e já havia se apresentado em desfiles pequenos. O irmão Alex, de 13 anos, também foi ferido e está em estado de choque, em casa.
Laryssa Silva Martins, de 13 anos.
Luiza Paula da Silveira Machado, de 14 anos.
Mariana Rocha de Souza, de 12 anos. A madrinha de Mariana, Nadia Ribeiro, contou que o irmão dela, Eduardo, de nove anos, também estudava na escola e estava em um andar acima quando ouviu os tiros. Mariana sentava ao lado da porta, na sala de aula. Sonhava se tornar modelo, era muito vaidosa e adorava tirar fotografias.
Milena dos Santos Nascimento, de 14 anos. Aluna do 6º ano, estudava na escola desde a 1ª série. O pai, Valdir dos Santos Nascimento, contou que ela adorava estudar e que tem outras duas filhas na escola. "Não quero que elas voltem para lá. Minha filha era uma aluna exemplar", disse. Revoltado, Valdir disse que o que aconteceu não foi por falta de segurança. "Foi uma ação feita por um idiota e qualquer um poderia ter feito isso".
Rafael Pereira da Silva, de 14 anos.
Samira Pires Ribeiro, de 13 anos. Matriculou-se esse ano na escola. A família peregrinou por três hospitais até conseguir reconhecer a foto da filha, no hospital Albert Schweitzer. Morreu ao lado de uma das melhores amigas, Larissa dos Santos Atanázio.
As informações são da Secretaria da Segurança Pública do Rio de Janeiro e do Instituto médico Legal (IML).
A carta do criminoso
"Primeiramente deverão saber que os impuros não poderão me tocar sem luvas, somente os castos ou os que perderam suas castidades após o casamento e não se envolveram em adultério poderão me tocar sem usar luvas, ou seja, nenhum fornicador ou adúltero poderá ter um contato direto comigo, nem nada que seja impuro poderá tocar em meu sangue, nenhum impuro pode ter contato direto com um virgem sem sua permissão, os que cuidarem de meu sepultamento deverão retirar toda a minha vestimenta, me banhar, me secar e me envolver totalmente despido em um lençol branco que está neste prédio, em uma bolsa que deixei na primeira sala do primeiro andar, após me envolverem neste lençol poderão me colocar em meu caixão. Se possível, quero ser sepultado ao lado da sepultura onde minha mãe dorme. Minha mãe se chama Dicéa Menezes de Oliveira e está sepultada no cemitério Murundu. Preciso de visita de um fiel seguidor de Deus em minha sepultura pelo menos uma vez, preciso que ele ore diante de minha sepultura pedindo o perdão de Deus pelo o que eu fiz rogando para que na sua vinda Jesus me desperte do sono da morte para a vida.
Eu deixei uma casa em Sepetiba da qual nenhum familiar precisa, existem instituições pobres, financiadas por pessoas generosas que cuidam de animais abandonados, eu quero que esse espaço onde eu passei meus últimos meses seja doado a uma dessas instituições, pois os animais são seres muito desprezados e precisam muito mais de proteção e carinho do que os seres humanos que possuem a vantagem de poder se comunicar, trabalhar para se alimentarem, por isso, os que se apropriarem de minha casa, eu pelo por favor que tenham bom senso e cumpram o meu pedido, por cumprindo o meu pedido, automaticamente estarão cumprindo a vontade dos pais que desejavam passar esse imóvel para meu nome e todos sabem disso, senão cumprirem meu pedido, automaticamente estarão desrespeitando a vontade dos pais, o que prova que vocês não tem nenhuma consideração pelos nossos pais que já dormem, eu acredito que todos vocês tenham alguma consideração pelos nossos pais, provem isso fazendo o que eu pedi."

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