quarta-feira, 3 de abril de 2013

Brasileiro gasta em média R$ 27,40 com almoço fora de casa; Salvador é o mais caro do NE

Giuliana de Toledo

O custo médio de um almoço fora de casa no Brasil foi de R$ 27,40 no ano passado, segundo levantamento divulgado ontem (02) pela Assert (Associação das Empresas de Refeição e Alimentação Convênio para o Trabalhador). Em São Paulo, a média foi de R$ 30,71 por refeição (12,1% superior à nacional). A pesquisa anterior, baseada nos preços de 2011, apontava média de R$ 22,37. Uma comparação direta entre os dois anos, no entanto, não pode ser estabelecida, pois a base de dados foi ampliada no atual estudo. 
A pesquisa reflete alta já indicada pelos dados do IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) para a inflação de alimentação e bebidas em 2012, que foi de 8,59% (em 2011, o índice foi de 7,18%). O aumento nos preços dos alimentos é um dos principais fatores responsáveis pela elevação do índice geral de inflação do país, que atingiu 5,84%. 
Entre as causas para a alta dos preços, estão problemas climáticos e variações nos gastos dos estabelecimentos com aluguel, salários de funcionários e tributos. "É um segmento muito sensível às alterações da economia", avalia Artur Almeida, presidente da Assert. 
O preço médio mais alto encontrado pela pesquisa foi o de Diadema, na Grande São Paulo, R$ 37,41. O mais baixo foi o de Fortaleza, R$ 21,18. A região Norte apresenta o almoço mais caro, R$ 30,45. O custo pode ser atribuído, segundo Almeida, ao preço alto de frete até os Estados da região, à menor oferta de restaurantes e ao aumento dos preços da farinha de mandioca - ingrediente básico na alimentação local. Pela ordem, seguem as regiões Sudeste (R$ 29,85), Centro-Oeste (R$ 26,85), Sul (R$ 26,55) e Nordeste (R$ 23,74). Os soteropolitanos desembolsam, em média, R$ 26,59. 
A pesquisa avaliou almoços compostos por prato principal, bebida não alcoólica, sobremesa e café de 4.440 estabelecimentos de 44 cidades brasileiras, no período de 1º de novembro a 03 de dezembro de 2012. O estudo foi encomendado pela Assert ao Instituto Análise. Foram considerados pratos feitos (ou comerciais), autosserviços (a quilo ou com preço fixo), pratos executivos e à la carte. Texto publicado originalmente em 02 de abril de 2013, no jornal Folha de São Paulo, caderno Comida.

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