Pepsi retira do ar comercial acusado de racista e pede desculpa
A empresa de refrigerantes PepsiCo retirou do ar um comer-cial acusado de usar estereótipos raciais e banalizar a violên-cia contra a mulher. O comercial postado na internet mostra uma mulher e um policial em uma delegacia. O policial pede à mulher, que foi vítima de agressão e usa muletas e colete ortopédico, que identifique seu agressor entre um grupo de suspeitos, formado por homens negros e um bode.
No anúncio, o bode ameaça atacar a mulher quando sair da prisão, caso ela o identifique para a polícia. Em meio às amea-ças do bode, o policial pressiona a mulher para que ela iden-tifique seu agressor. No vídeo, o policial usa a expressão "do it" (faça-o), um jogo de palavras com o termo "dew", do nome do refrigerante Mountain Dew. A mulher repete que não tem como fazê-lo e sai correndo, aos gritos, da delegacia.
No anúncio, o bode ameaça atacar a mulher quando sair da prisão, caso ela o identifique para a polícia. Em meio às amea-ças do bode, o policial pressiona a mulher para que ela iden-tifique seu agressor. No vídeo, o policial usa a expressão "do it" (faça-o), um jogo de palavras com o termo "dew", do nome do refrigerante Mountain Dew. A mulher repete que não tem como fazê-lo e sai correndo, aos gritos, da delegacia.
O vídeo foi descrito como "provavelmente o comercial mais racista da história" pelo acadêmico negro americano Boyce Watkins. Após ter retirado o comercial do ar, a PepsiCo se desculpou pelo anúncio do seu refrigerante Mountain Dew. Em nota divulgada ontem (1º), a PepsiCo disse que assumia "total responsabilidade" por qualquer ofensa causada pelo comercial e afirmou que retirou o anúncio de seus sites.
Um dos criadores do argumento do comercial, o rapper ameri-cano Tyler the Creator, foi criticado no passado por ter assinado letras supostamente misóginas e homofóbicas com a sua trupe de rap, a "Odd Future". Ele disse que o anúncio fazia parte de uma série de comerciais criados para a PepsiCo e que o anúncio que o antecedeu mostrava a mulher na delegacia trabalhando como garçonete, quando era agredida pelo bode. Texto publicado originalmente em 02 de maio de 2013, no site da BBC Brasil.
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