Protesto contra presidente do Bahia reúne 6.000 na Fonte Nova
Nelson Barros Neto
Um protesto contra o presidente do Bahia, na noite desta sexta-feira (17), colocou mais torcedores na Arena Fonte Nova do que o público do último jogo da equipe e uniu os adversários políticos Jaques Wagner (PT), governador da Bahia, e ACM Neto (DEM), prefeito de Salvador.
Os dois apareceram nos telões do estádio pedindo a saída do presidente Marcelo Guimarães Filho, 37, que comanda o time nordestino desde o final de 2008, é deputado federal pelo PMDB e se tornou alvo da torcida do Bahia pelos recentes vexames dentro de campo e a administração do cartola fora dele.
Cerca de 6.000 pessoas estiveram nas arquibancadas do estádio na manifestação por democracia e eleições diretas no clube. Dois dias antes, a equipe atuou para 1.706 pagantes em razão de um boicote promovido pela torcida, denominado "Público Zero".
Senadores, deputados, vereadores, artistas locais, ex-jogadores do time e a primeira-dama do Estado também participaram do evento, que teve entrada gratuita e foi convocado na véspera. A cessão da arena pelas construtoras OAS e Odebrecht, donas do espaço, sugere que as empresas se juntaram ao coro de insatisfeitos com a gestão de Guimarães Filho. Na partida de quarta (15), houve prejuízo de R$ 41,3 mil para as empresas.
Além disso, o Tribunal de Justiça da Bahia está prestes a julgar um processo de intervenção no clube, baseado na ação de um associado. Não bastasse, uma CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) foi criada nesta semana para investigar o dirigente na Assembleia Legislativa. O principal organizador do protesto desta sexta foi o publicitário Sidônio Palmeira, marqueteiro de Wagner e do PT baiano.
Os dois apareceram nos telões do estádio pedindo a saída do presidente Marcelo Guimarães Filho, 37, que comanda o time nordestino desde o final de 2008, é deputado federal pelo PMDB e se tornou alvo da torcida do Bahia pelos recentes vexames dentro de campo e a administração do cartola fora dele.
Cerca de 6.000 pessoas estiveram nas arquibancadas do estádio na manifestação por democracia e eleições diretas no clube. Dois dias antes, a equipe atuou para 1.706 pagantes em razão de um boicote promovido pela torcida, denominado "Público Zero".
Senadores, deputados, vereadores, artistas locais, ex-jogadores do time e a primeira-dama do Estado também participaram do evento, que teve entrada gratuita e foi convocado na véspera. A cessão da arena pelas construtoras OAS e Odebrecht, donas do espaço, sugere que as empresas se juntaram ao coro de insatisfeitos com a gestão de Guimarães Filho. Na partida de quarta (15), houve prejuízo de R$ 41,3 mil para as empresas.
Além disso, o Tribunal de Justiça da Bahia está prestes a julgar um processo de intervenção no clube, baseado na ação de um associado. Não bastasse, uma CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) foi criada nesta semana para investigar o dirigente na Assembleia Legislativa. O principal organizador do protesto desta sexta foi o publicitário Sidônio Palmeira, marqueteiro de Wagner e do PT baiano.
O pai de Marcelo Guimarães controlou o clube entre 1997 e 2005, ano em que o Bahia caiu para a terceira divisão do futebol brasileiro. Agora, entrará no próximo Nacional com o retrospecto de eliminado na primeira fase da Copa do Nordeste, em fevereiro; desclassificado da Copa do Brasil pelo Luverdense-MT, há dois dias; e humilhado pelo rival Vitória na decisão do Estadual, no último domingo.
O time levou 7 a 3 na mesma Fonte Nova. Desde então, o técnico Joel Santana foi demitido, o gestor de futebol Paulo Angioni entregou o cargo, 14 atletas acabaram dispensados e outros três diretores também saíram. Apesar da pressão, o presidente do Bahia disse nesta sexta que vai continuar.
"Não existe chance alguma de renunciar. Encaro os protestos e movimentos com muita serenidade. Temos que ter calma para trabalhar", afirmou. Texto publicado originalmente em 17 de maio de 2013, no jornal Folha de São Paulo, caderno Esporte.
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