Fifa recua e libera baianas do acarajé na Fonte Nova
Nelson Barros Neto
A Fifa decidiu permitir a presença de baianas que vendem acarajé na Fonte Nova, estádio de Salvador que será usado na Copa das Confederações e no Mundial de 2014. O trabalho das baianas, que o Ministério da Cultura declarou patrimônio do Brasil há sete anos, era ameaçado porque a Fifa veta que seus patrocinadores, como o McDonald's, enfrentem concorrência no raio de 2 km das arenas, até de ambulantes.
No final da manhã desta quarta-feira (05), o governo da Bahia anunciou que vai divulgar um comunicado oficial anunciando a novidade, nesta quinta, com todos os detalhes sobre o tema.
A polêmica já durava quase um ano. Na inauguração da Fonte Nova, em abril, a presidente Dilma Rousseff recebeu uma carta das baianas, que fizeram um protesto. Agora, a reviravolta no caso depende de ajuste das últimas pendên-cias para ser oficialmente divulgada em evento com auto-ridades e a Abam (Associação das Baianas de Acarajé e Mingau).
A principal delas é a quantidade de profissionais que poderão ultrapassar as barreiras da Fifa. Já é certo que haverá um número reduzido. As baianas terão de ficar em espaço fora das catracas da praça esportiva, sem acesso aos corredores da arena.
"Elas ficarão em quiosques no chamado 'comercial display', uma área acima do edifício-garagem que também terá estandes e venda de souvenires. Só chegará ali quem tiver ingresso. É o primeiro ponto de contato do torcedor", diz Ney Campello, secretário da Copa na Bahia.
Ele não sabe se o público poderá comprar e levar o acarajé para seus assentos. "Mas acredito que sim", disse. Texto publicado originalmente em 05 de junho de 2013, no jornal Folha de São Paulo.
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