Jornalista é morto no Bompreço Iguatemi após pedir devolução de R$ 11,98
Paula Outerelo
Renato Alban
Renato Alban
Uma discussão entre um cliente e uma funcionária do hiper-mercado Bompreço, no Iguatemi, acabou em tragédia na noite desta sexta-feira (24), por volta das 21h. O jornalista Sandro Ferreira Santos, de 28 anos, foi esfaqueado no estacionamento por um guardador de carros conhecido como Coveiro e Pasta Pura, segundo a polícia.
O crime aconteceu após o jornalista ter discutido com a atendente Lucimara Alves dos Santos para reivindicar um crédito de R$ 11,98 que ficou pendente em uma compra de iogurtes. Durante a discussão, o Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) foi chamado porque Sandro teve um mal-estar devido a uma gastrite nervosa.
Quando ele estava na cadeira de rodas a caminho da ambulância, foi surpreendido com uma facada no pescoço. Um funcionário do Bompreço contou ao Correio da Bahia que o assassino era amigo de uma das atendentes. Sandro morreu a caminho do HGE (Hospital Geral do Estado).
Segundo o companheiro do jornalista, o vendedor Jefferson Souza, de 29 anos, Sandro comprou duas garrafas de iogurte na quarta-feira (22) e, depois de pagar, viu que o valor cobrado, de R$ 5,99, diferia do preço que estava no iogurte, de R$ 1,99. "Ele chegou em casa dizendo que discutiu com a atendente e que ela foi mal educada. Ele se sentiu injustiçado e queria o valor em dinheiro, mas ela só deu um cupom vale-troca".
De acordo com o DHPP (Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa), o jornalista esteve no supermercado três vezes para reaver o dinheiro. Na sexta-feira, Sandro voltou a discutir com Lucimara e com outra atendente, Rosemeire Marta Oliveira.
A nota encontrada no bolso do jornalista mostra que, após a troca, ainda restava R$ 1,19 de troco. A mãe de Sandro, a servidora pública Maria José Pinheiro, de 47 anos, disse que "nada vai devolver a vida dele, mas a supervisão [do mercado] tem culpa nisso. Vou botar o mercado na Justiça".
Em nota, o Bompreço informou apenas que está colaborando com as investigações e que vai prestar todos os esclarecimentos à polícia. Sandro foi enterrado ontem (25) à tarde, no Cemitério da Ordem Terceira de São Francisco.
Sandro se formou em Jornalismo em 2007 e cursava pós-graduação em Gestão de Projetos na Unijorge. Segundo amigos, colegas e familiares, ele era tranquilo. "Ele não tinha problema com ninguém. Nada justifica isso. Nada justifica essa covardia", lamentou a mãe da vítima.
A nota encontrada no bolso do jornalista mostra que, após a troca, ainda restava R$ 1,19 de troco. A mãe de Sandro, a servidora pública Maria José Pinheiro, de 47 anos, disse que "nada vai devolver a vida dele, mas a supervisão [do mercado] tem culpa nisso. Vou botar o mercado na Justiça".
Em nota, o Bompreço informou apenas que está colaborando com as investigações e que vai prestar todos os esclarecimentos à polícia. Sandro foi enterrado ontem (25) à tarde, no Cemitério da Ordem Terceira de São Francisco.
Sandro se formou em Jornalismo em 2007 e cursava pós-graduação em Gestão de Projetos na Unijorge. Segundo amigos, colegas e familiares, ele era tranquilo. "Ele não tinha problema com ninguém. Nada justifica isso. Nada justifica essa covardia", lamentou a mãe da vítima.
"Ele não era de briga", contou o tio do jornalista, o motorista Gerson Bispo de Santana, 57. Os amigos contaram que ele lutava por seus direitos. Texto publicado originalmente em 26 de maio de 2013, no jornal Correio da Bahia, pág. 08.
0 Comentários:
Postar um comentário
Assinar Postar comentários [Atom]
<< Página inicial