quarta-feira, 16 de março de 2011

Crime em família: médico é suspeito de mandar matar o pai

A Polícia Civil da Bahia ordenou hoje (16) a prisão do cardiologista baiano José Ricardo Campos de Souza, de 32 anos, após pedido do Ministério Público do Estado da Bahia e do juiz Ernani Garcia Rosa, da 2ª Vara Crime do Juri.
José Ricardo teve a sua prisão preventiva decretada sob acusação de mandar matar seu próprio pai, Isnard Costa de Souza, de 73 anos, assassinado com pancadas na cabeça no dia 21 de novembro de 2010, na casa da vítima, no Corredor da Vitória, em Salvador.
Segundo a polícia, o médico é acusado de contratar o pintor de paredes Luciano Bonfim Alves para cometer o assassinato. Policiais foram deslocados hoje para a residência do médico, mas até o final desta tarde não há confirmação de que ele tenha sido localizado. Segundo o promotor Davi Gallo, com a morte de Isnard, o médico seria beneficiado com um seguro de vida do pai, e por isso planejou o assassinato para facilitar o recebimento do dinheiro.
Na tarde de hoje, depois da prisão de Luciano Bonfim Alves, indiciado pela morte do italiano Gregório Boletrieri, em 30 de dezembro de 2010, na residência da vítima, na Barra, a polícia indiciou José Ricardo. O promotor Davi Gallo declarou que o filho da vítima é o autor intelectual e o mandante do crime cometido por Luciano Bonfim Alves. Davi Gallo disse que “o homicídio foi exaustivamente planejado” por José Ricardo que, “tomado pela ganância”, visando receber o seguro de vida do pai, contratou o assassino por R$ 3 mil.
Detido, Luciano Bonfim prestou depoimento e, segundo a polícia, surgiram indícios de que o mandante seria o médico, que passou a ser investigado pelo crime. A partir daí surgiram elos com Luciano. Em sua primeira versão, ele disse que matou Isnard para roubar dinheiro no interior da residência do idoso.
De acordo com a polícia, ele pediu para ser interrogado novamente, e confessou que foi contratado pelo médico, de quem recebeu dinheiro para cometer o assassinato. Segundo Luciano, a vítima foi surpreendida por ele, que já chegou atacando-a com porrete.
Inicialmente, segundo Francineide Moura, delegada titular da Delegacia de Homicídios, Luciano detalhou em seu depoimento que praticou o crime para realizar um assalto. No momento em que ele estava no interior da residência, o idoso, que sofria do Mal de Alzheimer, chegou ao local e, ao perguntar o que o pintor fazia ali, ele afirmou que estava concluindo o trabalho. Luciano relatou que roubou a quantia de R$ 1.500 e resolveu matar o idoso para que o mesmo não o reconhecesse depois, segundo a delegada. Para isso, ele declarou ter utilizado uma barra de ferro com a qual golpeou duas vezes a cabeça da vítima. Com a nova apuração dos fatos, o promotor Davi Gallo Barouh e o juiz Ernani Garcia Rosa, da 2ª Vara Crime do Juri, decretaram a prisão preventiva de José Ricardo Campos de Souza.

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