sexta-feira, 3 de junho de 2011

Corpo de mulher é encontrado esquartejado no bairro da Calçada

O corpo de uma mulher identificada como Cláudia Jesus das Merces Souza, de 37 anos, foi encontrado esquartejado dentro de um saco plástico preto, num contêiner de lixo, na tarde de hoje (03), na rua Nilo Peçanha, no bairro da Calçada.
De acordo com informações da 16ª Companhia Independente da Polícia Militar (CIPM) do Comércio, a vítima, que teve os braços e as pernas decepados, era moradora de rua e usuária de drogas.
A autoria e a motivação do crime ainda são desconhecidas, segundo a polícia. O caso foi enviado para o Departamento de Homicídios e Proteção a Pessoa (DHPP), que ficará responsável pela condução do inquérito sobre a morte. Ninguém foi preso até agora.

Baralho do crime na Bahia

Foto de Almiro Lopes
Um jogo de baralho virtual ilustrado com fotografias dos criminosos mais procurados pela polícia da Bahia foi a ideia lançada nesta semana pela Secretaria de Segurança Pública (SSP) da Bahia para ajudar a população a memorizar os rostos dos bandidos. As 51 cartas do jogo em formato de um baralho mostram o nome "de guerra" e o nome real do procurado, além do crime que cada um cometeu. Beto Fuzileiro é o ás de paus. Mister M, o sete de espada. O valete de copas traz uma foto de Cara de Lagosta. No verso de cada carta, há o número do disque-denúncia da polícia local.
Os rostos foram distribuídos de acordo com uma ordem de "importância". O ás de ouro era Fal, o traficante mais procurado do Estado, que foi preso ontem (02). A SSP informou que a carta será substituída e que as fotos devem ser redistribuídas na escala. O jogo on-line, acessível no site da Secretaria de Segurança Pública da Bahia, tem seis fases e o usuário tem cinco minutos para resolver cada uma delas. Abaixo das cartas, um painel informa o número de "criminosos memorizados".
A SSP divulgou também um baralho de papel, mas ele não será distribuído para não colocar os moradores de comunidades violentas em risco e pela necessidade de substituição das cartas na medida em que os bandidos forem presos.
A ideia do baralho do crime é semelhante ao baralho distribuído em 2003 pelas tropas americanas no Iraque. Nesta versão, a carta mais importante era o ás de espada, que estampava a foto do ex-ditador Saddam Hussein, morto em 2006. "Buscávamos uma forma lúdica para levar ao conhecimento público quem são os criminosos que procuramos e nos lembramos do baralho feito pelos americanos", disse o secretário da SSP, Maurício Teles Barbosa.

Conselho de educação revê parecer sobre obra de Monteiro Lobato

Anteriormente, CNE recomendava que texto não fosse distribuído nas escolas
O CNE (Conselho Nacional de Educação) decidiu rever seu parecer sobre o livro "Caçadas de Pedrinho", de Monteiro Lobato, e passou a recomendar a contextualização histórica das obras literárias abordadas na escola.O texto aprovado pelo conselho em outubro de 2010 recomendava ou que o MEC não distribuísse a obra a escolas públicas ou que as editoras inserissem no livro uma "nota explicativa" sobre suposto teor racista, que estaria presente principalmente em passagens relativas à personagem Tia Nastácia, como no trecho "Tia Nastácia, esquecida dos seus numerosos reumatismos, trepou, que nem uma macaca de carvão".
A medida sugerida pelo conselho teve repercussão negativa entre educadores e o ministro Fernando Haddad (Educação) acabou pedindo ao CNE que revisse o texto.Agora, a nova versão aprovada pelo CNE afirma que é importante que a escola faça uma "contextualização" dos autores e dos livros, especialmente aqueles produzidas em período em que pouco se falava em preconceito racial.
O texto também ressalta que não se deve vetar o acesso dos estudantes a nenhuma obra literária. Para entrar em vigor, o parecer ainda tem que ser homologado por Haddad. Ontem, ele afirmou que leu versões preliminares do documento que o agradaram.
A abordagem já estava prevista em livro que será distribuído pelo MEC a escolas públicas no segundo semestre para orientar professores. Sem negar possíveis elementos de preconceito racial na obra de Lobato, o livro defende que ela seja analisada em conjunto com as condições históricas época.