terça-feira, 5 de abril de 2011

Justiça do Rio de Janeiro suspende o uso de tornozeleiras nos presos em regime semiaberto

O presidente do Tribunal de Justiça (TJ) do Rio de Janeiro, desembargador Manoel Alberto Rebêlo dos Santos, anunciou ontem (04) a suspensão do uso das tornozeleiras eletrônicas nos 1.500 presos que estão no regime semiaberto. O sistema, segundo ele, não conseguiu impedir as fugas - 58 equipamentos foram rompidos desde a adoção do monitoramento, em fevereiro deste ano.
A ideia do Judiciário fluminense é usar o aparelho apenas nos dois mil detentos do regime aberto. “Há presos no regime semiaberto com penas muito altas. Na primeira oportunidade de sair, eles rompem a tornozeleira e fogem. Isso trará um benefício econômico ao Estado, que poderá desativar as duas casas do albergado hoje existentes (uma no Rio e outra em Niterói)”, explicou o magistrado.
Além da tornozeleira, o modelo adotado no Rio inclui um dispositivo de comunicação que é carregado na cintura. Por meio de duas peças, é possível acompanhar toda a movimentação do detento.
Ainda segundo o desembargador, a tornozeleira, que é revestida de borracha e tem um custo estimado em R$ 680,00, é facilmente rompida com alicate. “Já achamos peças em caixas de água, rios e até no mar”, disse.

Diploma em jornalismo para exercer a profissão é defendido por senador

A obrigatoriedade do diploma em jornalismo para o exercício da profissão foi defendida hoje (05), pelo senador Paulo Davim (PV-RN), mas ele ressalva que a discussão tira o foco de temas mais importantes, como o monopólio dos meios de comunicação no Brasil.
Para o senador, "é preciso analisar a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) em extinguir a necessidade de formação específica sob o argumento de que a exigência figurava como uma afronta à liberdade de imprensa e expressão.
"A discussão sobre liberdade de imprensa deveria se dar sobre a questão da grande concentração de meios de comunicação nas mãos de poucos grupos empresariais e não sobre a necessidade de qualificação específica para os profissionais que neles atuam", sublinhou.

Júri popular: acusado de matar 42 crianças soma mais de 250 anos de condenações

14 anos após o crime, o mecânico Francisco das Chagas, acusado da morte de 42 meninos e adolescentes entre 1991 e 2003, foi condenado nesta terça-feira (05) em júri popular a 57 anos e seis meses de prisão pela morte de duas crianças, assassinadas entre 1997 e 1998, em São José de Ribamar, no Maranhão. Esta é a terceira condenação contra ele.
A defesa do mecânico alegou que um outro réu já havia sido julgado por uma das mortes, mas a 1ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Maranhão manteve a sentença da juíza Tereza Cristina Carvalho, da comarca de São José de Ribamar.
Ontem, o Tribunal do Júri condenou Chagas a 28 anos e nove meses de prisão pela morte de uma criança de quatro anos, também em São José de Ribamar.
Chagas foi preso em dezembro de 2003, sob suspeita da morte do adolescente Jonathan Vieira, de 15 anos. Em março de 2004, investigadores da Polícia Civil do Maranhão encontraram duas ossadas enterradas dentro da casa do mecânico. Na época, Chagas negou a autoria das mortes, mas depois relatou à polícia ter matado 28 meninos em São Luís e outros 12 em Altamira (PA), onde morou por um período. As vítimas eram, em geral, meninos pobres, que trabalhavam nas ruas para ajudar as famílias. O caso no Maranhão ficou conhecido como “os meninos emasculados de São Luís” e, pela demora nas investigações das mortes, custou ao Brasil uma representação na Organização dos Estados Americanos (OEA).

Bandidos assaltam agência do Banco do Brasil e levam reféns em Campo Alegre de Lourdes

Dez homens encapuzados e armados com fuzis assaltaram a agência do Banco do Brasil de Campo Alegre de Lourdes (820 km de Salvador) na manhã desta terça-feira (05), segundo informações da polícia. Funcionários e quatro clientes foram levados como reféns. O crime aconteceu por volta das 10h, e cerca de 50 pessoas estavam no local no momento da ação dos bandidos.
De acordo com a polícia, os criminosos chegaram atirando, renderam dois homens que fazem a segurança do banco, e levaram todo o dinheiro da agência - a quantia não foi informada pelo banco. Os reféns foram liberados no final da manhã, na saída da cidade. Ninguém ficou ferido.
O delegado titular de Campo Alegre de Lourdes, José Alberto Alencar, informou que os bandidos fugiram em duas caminhonetes, em direção a BR-020.