terça-feira, 20 de setembro de 2011

"Tropa de Elite 2" vai representar o Brasil no Oscar 2012

Foto de Alexandre Lima
O filme "Tropa de Elite 2", dirigido por José Padilha, foi o escolhido nesta terça-feira (20) para representar o Brasil na disputa por uma vaga de melhor filme estrangeiro no Oscar 2012.
A escolha do longa foi feita por uma comissão composta pela secretária de Audiovisual do Ministério da Cultura (MinC), Ana Paula Dourado Santana, o presidente da Associação Brasileira de Cinematografia, Carlos Eduardo Carvalho Pacheco, o ministro do Departamento Cultural do Itamaraty, George Torquato Firmeza, e representantes da Academia Brasileira de Cinema.
"Tropa de Elite 2" disputava a vaga com outros 14 filmes, entre eles "Vips", de Toniko Melo, "Bruna surfistinha", de Marcus Baldini, "Lope", de Andrucha Waddington, "Assalto ao Banco Central", de Marcos Paulo, "As mães de Chico Xavier", de Glauber Filho e Halder Gomes, "Quebrando o tabu", de Fernando Grostein, e "Trabalhar cansa", de Marco Dutra e Juliana Rojas.
O último filme brasileiro que disputou uma vaga na categoria foi "Central do Brasil", em 1999.
Os prêmios da 84ª edição do Oscar serão entregues em 26 de fevereiro no Kodak Theater, em Los Angeles.

Após decisão do STJ, provas de quatro operações da PF estão sob forte ameaça

Quatro grandes operações da Polícia Federal estão em risco no Superior Tribunal de Justiça (STJ). A decisão da corte de anular as provas da Operação Boi Barrica fez crescer a mobilização de importantes bancas de advocacia do eixo Rio-São Paulo-Brasília em favor dos réus apanhados nas operações Voucher, Navalha, Mãos Limpas e Caixa de Pandora. Em todos esses casos, já há no STJ recursos nos mesmos moldes do que obteve sucesso e anulou a Boi Barrica.
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Entre os personagens acusados de corrupção e desvio de dinheiro público que esperam fulminar as provas obtidas pela PF estão os ex-governadores do Distrito Federal José Roberto Arruda (sem partido), preso na Operação Caixa de Pandora, e do Amapá, Pedro Paulo Dias (PP), apanhado pela Operação Mãos Limpas, além dos envolvidos na Operação Voucher, que derrubou a cúpula do Ministério do Turismo.
"Pedi a anulação de todo o inquérito. A maior prova da inocência do meu cliente (José Roberto Arruda) é que até hoje o Ministério Público não o denunciou", afirmou o criminalista Nélio Machado. Ele alega vícios no processo, entre os quais grampos ilegais e espera que a jurisprudência do STJ contribua para o descarte das provas. "Toda decisão que reconhece ilegalidade e abuso na coleta de provas gera jurisprudência nova", enfatizou.
Segundo Machado, Arruda sofreu devassa completa em sua vida, a partir dos grampos ilegais de um criminoso - o ex-secretário de Relações Institucionais do DF Durval Barbosa, delator do esquema conhecido como "mensalão do DEM". "As demais interceptações estão fora de contexto e derivam de uma prova inicial viciada", acrescentou. A seu ver, embora não possa fazer analogia com o caso de Fernando Sarney, filho do presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), cuja decisão não conhece integralmente, ele disse que "foram violadas as garantias constitucionais" do ex-governador Arruda.
No caso da Boi Barrica, os ministros da 6.ª Turma do tribunal consideraram ilegais interceptações telefônicas feitas durante as investigações, o que no entender do STJ contamina as provas contra os réus, entre os quais Fernando Sarney, acusado de crimes financeiros e lavagem de dinheiro.
Aguardam ansiosos na fila os réus da Operação Voucher, que pôs na cadeia, em agosto, a cúpula do Ministério do Turismo. "A Justiça e a polícia não podem passar por cima da lei e sair ampliando o tempo e o leque de interceptações como se fossem filhotes", criticou o advogado Antônio Carlos de Almeida Castro, o Kakai, que atuou na defesa do ex-secretário executivo do Turismo Frederico Silva da Costa, o Fred, preso e apontado como cabeça do esquema.
O advogado aponta "fraude na interpretação do áudios" de conversa telefônica em que Fred ensina o empresário Fábio de Mello a montar um instituto para receber recursos públicos e ressalta que "o importante é a fachada".
Ele disse que foi "absurda" a interpretação dada pelo delegado encarregado do inquérito. "Criou-se a figura do tira hermeneuta, aquele que se dá o direito de fazer interpretações dos grampos conforme seu bel-prazer", criticou. Embora não esteja mais no caso, ele espera que o STJ, à luz da nova jurisprudência, absolva o acusado.
Realizada em 2007, a Operação Navalha levou 46 pessoas à prisão, entre elas os o ex-governador do Maranhão José Reinaldo Tavares e o empresário Zuleido Veras, dono da empreiteira Gautama, pivô de um esquema de desvio de dinheiro de obras públicas. A produção de provas também envolveu grampos telefônicos e o advogado Alberto Toron está convencido de que vários deles foram ilegais. "Toda medida invasiva reclama a adequada fundamentação e rigor na análise do juiz que a determina, o que não tem ocorrido", afirmou. "Na Navalha houve também abusos, inclusive numa busca realizada no escritório do procurador-geral do Maranhão com base em grampo." No caso da Operação Mãos Limpas, o advogado Cícero Bordalo Júnior também pediu a anulação das provas contra o ex-governador Pedro Paulo Dias e o ex-senador Waldez Goes, alegando, entre outras coisas, irregularidades nas interceptações.

Conversas plugadas com José Miguel Wisnik

Nesta quarta-feira (21), o Conversas plugadas recebe o músico e ensaísta José Miguel Wisnik, na sala principal do Teatro Castro Alves (TCA), às 19h30. No bate-papo, Wisnik vai falar de literatura e música, acompanhado de um piano.
A entrada é franca (retirar os ingressos no dia do evento, a partir das 12h). O encontro será transmitido ao vivo pelo Irdeb (Instituto de Radiodifusão Educativa da Bahia).
Conversas plugadas no TCA
Praça Dois de Julho s/nº, Campo Grande, Salvador-BA.
Quarta-feira (21/09) às 19h30. Grátis.
Telefone: (71) 3535-0600.
Mais informações pelo site: