quinta-feira, 23 de abril de 2015

Telhado de escola desaba e deixa alunos feridos em Itarantim

O telhado de uma sala da Escola Municipal Vasco Neto, no distrito de Ribeirão do Salto, em Itarantim (a 600 km de Salvador), desabou na manhã desta quarta-feira (22). O acidente aconteceu por volta das 9h. Alunos que estavam em uma das salas tiveram escoriações leves. Ainda não há informações sobre a quantidade de feridos, nem para onde eles foram encaminhados. A última reforma da escola foi há 19 anos.

Dois presos da Lava Jato são transferidos para o sistema penitenciário do Paraná

Presos na Operação Lava Jato, Dario de Queiroz Galvão Filho, diretor-presidente e membro do conselho de administração do Grupo Galvão, e Guilherme Esteves de Jesus, lobista, foram transferidos nesta quinta-feira (23) da carceragem da Polícia Federal (PF) em Curitiba para o Complexo Médico-Penal, em Pinhais, região metropolitana de Curitiba. 
Os dois foram transferidos a pedido da PF, que afirma que há superlotação na carceragem. Agora, são nove os investigados pela Lava Jato que ainda permanecem no local.
Galvão Filho e Guilherme Esteves estão presos preventivamente desde o dia 27 de março, acusados de participar do esquema de desvio de dinheiro na Petrobras. Galvão Filho é o segundo executivo do grupo a ir para a prisão na Lava Jato. Já está preso desde novembro Erton Fonseca, diretor-presidente da Galvão Engenharia.
Quando determinou a prisão de Galvão Filho, o juiz federal Sergio Moro disse que havia "risco à ordem pública" caso o empreiteiro continuasse em liberdade porque mais crimes poderiam ser praticados e disse ser "perturbador" a revelação de que propinas continuaram a ser pagas ainda em 2014, depois da deflagração da Lava Jato.
A ordem de prisão cita ainda a detenção de Fonseca. "Seria até estranho manter a prisão preventiva de Erton Fonseca, como fez este juízo e todas as instâncias recursais até o momento, e deixar em liberdade aquele quem as provas em cognição sumária apontam como mandante", escreveu Moro.
No Complexo Médico-Penal, há outros 13 investigados na operação. No presídio, os detentos dividem cela com outros dois homens. Há uma pia e um vaso sanitário no local. O chuveiro, coletivo, é dividido com todos os presos da ala –eles têm direito a uma hora de banho de sol por dia. 

Daqui.

Robert Downey Jr. se irrita e abandona entrevista

O ator Robert Downey Jr., que estreia hoje (23) nos cinemas no papel de Homem de Ferro em ‘Vingadores: Era de Ultron’, se irritou com uma entrevista ao canal de TV britânico Channel 4. O  ator foi ficando irritado à medida que perguntas sobre o seu personagem Tony Stark deram lugar à sua intimidade. 
Em dado momento, o entrevistador relembra uma fala de Downey Jr. ao New York Times em 2008. Ele pergunta o que o ator quis dizer quando falou ao jornal, após ter sido preso: "Você não pode ir de uma suíte de US$ 2.000 por noite para uma penitenciária e entender isso completamente, e ainda sair disso como um liberal". O ator reclamou que a pergunta estava fora de contexto, e que sequer se lembrava do momento em que falou isso. 
Após o entrevistador continuar perguntando sobre o passado de Downey Jr. – famoso por se envolver em polêmicas –, ele diz: "Desculpe-me, o que estamos fazendo?". E levanta-se da cadeira e deixa o local. 
Clique aqui para ver o vídeo, em inglês.

Policiais miraram Geovane e atingiram a corporação

Malu Fontes

Dar um tiro no próprio pé chega a ser uma expressão desrespeitosa com a vítima quando se trata de metaforizar a ação dos policiais da Rondesp que sequestraram o jovem Geovane Mascarenhas, 22 anos, levaram-no no porta-malas de uma viatura para uma das dependências da própria Rondesp, no bairro do Lobato, e lá o torturaram e mataram com todos os requintes de crueldade, culminando com a decapitação. Embora nada justifique tamanha violência, é preciso lembrar que o rapaz foi abordado e sequestrado sem que nenhuma razão houvesse, sequer, para que fosse preso.
Como se fosse pouco, os policiais acusados roubaram a moto e o celular da vítima e, além de decapitar e incendiar o cadáver longe do local da execução, arrancaram do corpo as áreas tatuadas da pele, para dificultar um possível reconhecimento. Antes, desativaram os serviços de geolocalização da viatura, mecanismo obrigatório justamente para servir como dispositivo de controle e evitar esse tipo de irregularidade por parte de policiais utilizando veículos da corporação.
Os 11  envolvidos no caso podem ser ases da violência, nada vai trazer Geovane de volta   à vida, mas ainda resta apostar na burrice de agentes do estado que agem assim acreditando que podem driblar tecnologia. Graças a imagens de câmeras do circuito de segurança da rua onde a vítima foi abordada, associadas ao fato de dados do GPS da viatura, mesmo desativado, serem armazenados em um local seguro e distante, foi possível reconstruir todo o trajeto e dar um desfecho ao caso.
Além de produzir um episódio dos mais bárbaros da crônica policial baiana recente, os policiais envolvidos no caso deram um tiro não apenas no pé da Polícia, como instituição, mas na cabeça inteira da própria corporação, a Polícia Militar. Num coletivo de milhares de homens e numa sociedade marcada por índices de violência inaceitáveis, onde dia sim e outro também bandidos cometem atrocidades, periga a sociedade começar a não ver nada demais na atitude de funcionários públicos dementes de perversão capazes de arrancar a cabeça e a pele de um rapaz simplesmente porque sentiram vontade. Se soubessem se expressar, os 11 homens, agora sem nenhum segredo, certamente repetiriam Jânio Quadros com e como cinismo e farsa: fi-lo porque qui-lo.
Povo fardado
Como no poema Mãos Dadas, de Carlos Drummond de Andrade, ‘não nos afastemos muito, vamos de mãos dadas”. O tempo presente é feito de muitas estranhezas, mas não a ponto de ver e aceitar como normal a sociedade aplaudindo policiais que defendem ou praticam logísticas de bandidos. O Geovane de ontem pode ser um amigo ou um familiar seu no futuro e é bom não duvidar. Tem sido comum nas redes de troca de mensagens a circulação de vídeos em que bandidos matam e mutilam com crueldade indescritível alguns rivais. Mais inquietante que essas imagens em si e sua brutalidade é o teor e a intenção do  endereçamento. Quem envia sempre quer dizer, mesmo que o faça de modo oblíquo: ‘veja como os bandidos fazem. Você quer que a polícia faça diferente?’ Sim, a Polícia não pode adotar como sua a lógica, a prática e o comportamento do bandido.
Infelizmente, a sociedade está tão doente que há quem ingresse na Polícia justamente para ter licença para agir como os matadores de Geovane. Assim como também há, do lado de cá, hordas sociais urrando em louvor a estes. Fala-se em despreparo, em falta de treinamento dos policiais, mas em toda a família que se diz de bem há, hoje, alguém os instigando e pedindo sangue nas ruas. Como ouvi de uma voz sensata recentemente, ‘a polícia é o povo fardado’. Texto publicado originalmente em 23 de abril de 2015, no jornal Correio da Bahia, página 02.

Malu Fontes é jornalista e professora de jornalismo da Ufba. 

Bandidos roubam R$ 6,7 milhões de transportadora em SP

Um grupo de 15 homens roubou R$ 6,7 milhões de uma transportadora de valores na rua Forte Cananeia, em São Mateus, zona leste de São Paulo, na noite desta quarta-feira (22). A Polícia Militar informou que os criminosos chegaram ao local por volta das 19h30 e anunciaram o assalto. Até o momento, ninguém foi preso.
Segundo o "Bom Dia São Paulo", os criminosos chegaram em três carros e invadiram o local. Um dos veículos era idêntico ao usado por funcionários da empresa, inclusive, com adesivos semelhantes.
Durante a fuga, os criminosos queimaram um carro dentro da transportadora e, do lado de fora, atravessaram e queimaram um caminhão para impedir a aproximação dos policiais.
Os assaltantes ainda trocaram tiros com os seguranças. Um carro que estava em frente à empresa ficou marcado por tiros. O Corpo de Bombeiros foi acionado para controlar o fogo.
De acordo com a polícia, nos cofres da empresa havia cerca de R$ 13 milhões. A polícia não descarta a hipótese de que algum funcionário ou ex-funcionário tenha colaborado com os criminosos. A polícia também irá pedir imagens das câmeras de segurança para verificar como os criminosos entraram na empresa.
Durante a madrugada, funcionários e vigias prestaram depoimentos no Deic (Departamento Estadual de Investigações Criminais), responsável pela investigação. 

'Idoniedade' ou 'idoneidade'?

Pasquale Cipro Neto

Diga lá, caro leitor: você age com "espontaneidade" ou com "espontaniedade"? E o que se exige para o exercício de alguns ofícios (o de político, por exemplo): atestado de "idoneidade" ou de "idoniedade"? Ontem, durante o trajeto de casa para o jornal, ouvi pelo rádio do carro um figurão nacional dizer que sempre age com "espontaniedade".
Está aí um dos tantos casos de palavras traiçoeiras, que volta e meia usamos ou ouvimos numa forma inadequada, "parecida" com a correta, mas incorreta. Age-se com "espontaneidade" (nome da qualidade ou do caráter de espontâneo).
Como ensinam os bons fundamentos dos estudos linguísticos sérios, em geral o falante não "inventa" formas (palavras, construções) a partir do nada, o que significa que teoricamente (quase) sempre há alguma explicação para a "invenção".
No caso de "espontaniedade", a razão do equívoco pode estar no fato de que talvez usemos mais adjetivos terminados em "-io", que dão origem a substantivos terminados em "-iedade", do que os terminados em "-eo", que dão origem a substantivos terminados em "-eidade". Outra razão pode estar na questão fonética, já que em boa parte do país o "e" da terminação "-eo" de "idôneo" ou "simultâneo", por exemplo, tende a ser pronunciado como "i", o que pode levar o falante a "igualar" a terminação dos substantivos.
Os adjetivos terminados em "-io" talvez nos venham à mente mais rapidamente do que os que terminam em "-eo": "sério", "transitório", "obrigatório", "sóbrio", "impróprio"... Dessa turma, fazemos, respectivamente, "seriedade", "transitoriedade", "obrigatoriedade", "sobriedade", "impropriedade"...
E os adjetivos terminados em "-eo"? Vejamos alguns: "idôneo", "heterogêneo", "homogêneo", "espontâneo", "simultâneo", "contemporâneo". Como ficam os substantivos abstratos derivados dessa turma? Tome cuidado: eles terminam em "-eo" e não em "-io", portanto nada de "iedade"; o que temos agora é a terminação "-eidade": "idoneidade", "heterogeneidade", "homogeneidade", "espontaneidade", "simultaneidade", "contemporaneidade".
Leia novamente a listinha acima. Atire a primeira pedra aquele que nunca trocou a terminação "-eidade" dessas palavras por "-iedade". Os corretores ortográficos mais recentes não nos deixam perceber o erro. Uma forma errada como "idoniedade", por exemplo, é automaticamente trocada pela correta ("idoneidade"). Nesse caso, o corretor lembra a TV naquela genial canção dos Titãs ("A televisão me deixou muito burro, muito burro demais...").
É sempre melhor saber o que se faz, o que exige conhecimento, que é muito diferente da automação.
Aproveito para lembrar que é preciso tomar cuidado com palavras como "japonesinho", "princesinha" ou "pretensioso", entre tantas outras. No caso das duas primeiras, o piloto automático nos faz escrevê-las com "z", já que o diminutivo... O fato é que as duas derivam, respectivamente, de "japonês" e "princesa", em que há "s" na última sílaba. Esse "s" fica nos termos derivados.
No caso de "pretensioso", o piloto automático nos faz morrer de vontade de tascar um "c". "Ganancioso", "malicioso", "tendencioso", entre tantas outras, são grafadas com "c". Essas três palavras derivam, respectivamente, de "ganância", "malícia" e "tendência", que se escrevem com "c", enquanto "pretensioso" deriva de "pretensão"...
Como dizia um velho e conhecido telejornalista, a ortografia não tem a menor importância, mas pode arruinar reputações... É isso. 

Texto publicado originalmente em 23 de abril de 2015, no jornal Folha de São Paulo.

Pai e filho são mortos a facads após discussão com vizinho em Mairi, interior da Bahia

Pai e filho foram mortos a facadas na madrugada desta quinta-feira (23) em Mairi, a 290 km de Salvador. O crime aconteceu dentro da casa de uma das vítimas, segundo a polícia. 
João Ferreira da Silva, de 74 anos, e seu filho Valmir do Nascimento, 43, foram mortos após discutirem com o vizinho Waldir Nepomuceno da Silva, de 53 anos, conhecido como Cigano, dentro de um bar da cidade. 
A Polícia Civil trabalha com a possibilidade de os fatos estarem relacionados. De acordo com testemunhas, Waldir invadiu a casa de Valmir e esfaqueou a vítima no pescoço. Ao ouvir o grito dos netos, João Ferreira tentou defender o filho, mas também foi esfaqueado. Eles morreram no local. 
Os corpos foram encaminhados ao IML (Instituto Médico Legal) de Jacobina. O assassino fugiu a pé, informou a polícia.