domingo, 10 de junho de 2012

Polícia encontra maconha dentro de pacotes de macarrão na delegacia de Luís Eduardo Magalhães (BA)

A Polícia Civil do município de Luís Eduardo Magalhães (a 947 km de Salvador) encontrou maconha dentro de embalagens de macarrão e café instantâneos na delegacia da cidade, na manhã deste sábado (09). De acordo com a polícia, a droga estava envolvida por sacos plásticos, dentro das embalagens.
Ainda segundo a polícia, as embalagens dos alimentos foram localizadas dentro de sacolas dos familiares dos presos, durante uma revista de rotina. A quantidade da droga não foi informada.

Instrutor de rapel morre ao cair de cachoeira em SP

Marília Rocha
O instrutor de rapel Edward Fabiano de Camargo, de 35 anos, morreu após cair de uma altura de cerca de 30 metros em uma cachoeira de Brotas (a 246 km de SP), neste sábado (09). Segundo a Secretaria de Turismo da cidade, Edward preparava a descida de um grupo de sete turistas e foi o primeiro a descer, mas por uma falha "não se conectou corretamente ao equipamento de freio, o que ocasionou sua queda".
Em nota, a secretaria informou que Camargo era instrutor de canionismo há mais de sete anos e colocou corretamente um equipamento de segurança extra, mas este não foi suficiente para deter a queda. "Ele tinha que se prender a dois aparelhos, mas a um deles não se conectou e, com isso, o outro perde função, foi um lapso", disse Carlos de Oliveira, instrutor da Terra de Aventura, agência para a qual Camargo trabalhava.
"Com os equipamentos, já verificamos que está tudo em ordem, tanto é que até já foram liberados pela perícia." Além de Camargo, estavam no local outro instrutor, um assistente e sete turistas. O acidente aconteceu por volta das 14h em uma cachoeira da Fazenda Cassaróva. Os bombeiros foram acionados e, quando chegaram ao local, ajudaram a retirar o corpo da água.
De acordo com a secretaria, a agência Terra de Aventura tem sistema de segurança certificado e mais de 20 anos de experiência na área. Mais de 30.000 pessoas já realizaram esta atividade no mesmo local.

Arquivo histórico da Bahia está há 15 meses sem energia

Tiago Décimo
Considerado o segundo arquivo público mais importante do País em documentação histórica, atrás apenas do Arquivo Nacional, no Rio de Janeiro, o Arquivo Público da Bahia, instalado em uma construção do século 16, está parcialmente às escuras há 15 meses. A medida foi tomada depois de um princípio de incêndio na central de força do prédio, localizado no lado externo, em março do ano passado. Na época foi constatada a necessidade de reforma no sistema de distribuição de energia elétrica no local.
"Os arquivos não foram afetados, mas só o fato de sabermos que poderia haver riscos nos levou a desligar a energia", explica a diretora da unidade, Teresa Matos. "Temos documentos da época da colônia, do império, que não existem em outro lugar." Os estudos para a reconfiguração do sistema de energia duraram seis meses. Foram mais três para o início da licitação, que foi concluída em 18 de janeiro.
A reforma da rede custará R$ 843 mil. O contrato para o serviço foi assinado no fim de abril e a expectativa é de que a energia volte ao normal em setembro. Enquanto as obras não começam, os 400 pesquisadores que vão mensalmente ao local usam uma das duas pequenas salas nas quais a iluminação foi religada - na outra, funciona provisoriamente a administração do órgão.
"Só religamos a energia nessas salas depois que uma vistoria técnica confirmou que não haveria riscos", disse a diretora. Visitas de grupos escolares, eventos e exposições estão suspensos.
Histórico
Criado em 1890, o Arquivo Público da Bahia está instalado desde 1980 na sede da Quinta do Tanque, edificação que teve sua construção iniciada no século 16, para servir de casa de repouso para os jesuítas. O prédio foi tombado pelo Iphan (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional) em 1949. A última reforma estrutural foi concluída com a chegada do Arquivo ao local.
Hoje, a imponente construção tem paredes descascadas, sinais de infiltração em todos os ambientes e problemas estruturais diversos. "A situação é muito grave", admite Teresa. "Os problemas foram causados pela falta de investimentos." Segundo ela, o orçamento do arquivo para manutenção do acervo é, em média, de R$ 300 mil por ano.
Ele está disposto em prateleiras que, ligadas horizontalmente, cobririam 25 km. "Além da falta de recursos, o prédio tem problema de configuração, por não ter sido pensado para abrigar um arquivo público, que tem necessidades específicas."
Segundo a Fundação Pedro Calmon, responsável pelo Arquivo Público da Bahia, já foram iniciados os estudos para reforma e requalificação do prédio.

Moradora de rua é morta a tiros em Dias D'Ávila (BA)

A moradora de rua Silvana Santos de Souza, de 30 anos, portadora de deficiência mental, foi morta a tiros na madrugada deste domingo (10), no município de Dias D'Ávila (a 56 km de Salvador). O crime aconteceu na avenida Hortência Sá, no bairro Genaro.
Segundo informações da 25ª Delegacia (Dias D'Ávila), a vítima era usuária de drogas e foi atingida em várias partes do corpo. Ela foi socorrida no Hospital Municipal Dilton Bispo de Santana, mas não resistiu aos ferimentos.
De acordo com o DHPP (Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa), que investiga o caso, a autoria do crime ainda não foi atribuída a ninguém.

Drogas: qual a alternativa?

Ferreira Gullar
A legalização das drogas transformaria o Brasil num centro internacional de consumo, como é a Holanda
Volto a um assunto que tenho abordado aqui e o faço porque considero necessário discuti-lo sempre que possível e com total isenção: o problema da liberação das drogas. Agora mesmo, uma comissão de juristas submeterá ao Congresso um anteprojeto propondo descriminalizar o porte e o plantio de maconha. Admito que, por alguma razão, pessoas de tanta responsabilidade entendam que a descriminalização é uma medida positiva.
Ainda assim, duvido da conveniência de uma tal medida, uma vez que, no meu modo de ver, o fator principal que sustenta o tráfico de drogas é o consumidor. Volto ao argumento óbvio, conforme o qual não há mercado para mercadoria que não se consome. Logo, se o tráfico ganhou a dimensão que tem hoje, foi porque, a cada dia, um número maior de pessoas consome drogas. Um dos argumentos usados pelos defensores da liberação das drogas é o de que a repressão não deu os resultados esperados, uma vez que o tráfico, em lugar de diminuir, aumentou.
Já discuti esse argumento, que me parece descabido. Basta raciocinar: desde que a humanidade existe, combate-se a criminalidade e, não obstante, ela não acabou. Pelo contrário, aumentou. Devemos concluir, então, que a Justiça fracassou e que, por isso, o certo é acabar com ela? Claro que não. Se se praticasse semelhante insensatez, simplesmente poríamos fim à sociedade humana.
O certo é entender que determinados problemas não têm solução definitiva, mas nem por isso devemos nos render a eles, sob pena de se tornar inviável o convívio humano. A droga é um desses problemas. Exterminá-la definitivamente parece-nos impossível mas, por outro lado, aceitá-la é abrir mão de importantes valores que o homem conquistou ao longo de sua história.
A droga é uma herança de tempos remotos, quando estava associada a uma concepção ingênua e mágica da existência. A ciência demonstrou que os efeitos que ela provoca são resultados dos elementos alucinógenos que fazem parte de sua composição química. Ela se alimenta daquilo que, no ser humano, resiste à compreensão objetiva e racional da existência.
Como talvez o ser humano jamais alcance um estado permanente de lucidez em face do mistério da vida, a droga continuará a ser necessária a uma parte da sociedade, que nela encontra compensação para suas ansiedades. Disso se valem e se valerão os produtores e vendedores de drogas. As últimas apreensões de drogas ocorridas no Brasil indicam o crescente poderio econômico e técnico dos traficantes. São toneladas de maconha, cocaína e crack, o que pressupõe o crescimento progressivo de consumidores.
Acreditar que a legalização das drogas fará com que essas organizações clandestinas se tornem, de repente, empresas legais é excesso de boa-fé. E o que fazer com as drogas sintéticas que, por se multiplicarem rapidamente, gozam de legalidade, já que os órgãos de repressão sequer as conhecem? A legalização das drogas transformaria o Brasil num centro internacional de consumo, como é hoje a Holanda.
Outro ponto que os defensores da legalização parecem ignorar é o fato de que os consumidores de drogas -em sua maioria jovens- nem sempre dispõem de dinheiro para comprá-las e isso os leva a praticar roubos e assaltos. Hoje, a maioria dos crimes está ligada, de uma maneira ou de outra, ao tráfico e ao consumo de drogas.
Na verdade, o viciado é um aliado do traficante -já que têm interesses comuns- e o ajuda a burlar a repressão. Amparado na lei, o viciado em drogas vai se sentir mais à vontade para consegui-la a qualquer preço, sem que a família tenha autoridade para impedi-lo, já que estará agindo dentro da legalidade.
A alternativa seria o Ministério da Saúde - que não consegue manter em funcionamento satisfatório os hospitais, por falta de verbas- passar a subvencionar o vício dos drogados?
Creio que tudo conduz à conclusão de que o caminho certo é batalhar para reduzir o número de consumidores de drogas, e isso só será possível se as autoridades, em nível nacional e internacional, se dispuserem a promover um trabalho sistemático de esclarecimento e educação dos jovens para mostrar-lhes que as drogas só os levarão à autodestruição.

Taxista reage a assalto e é esfaqueado em Feira de Santana (BA)

O taxista José Garibaldi França, de 55 anos, foi assaltado e esfaqueado na noite de ontem (09) em Feira de Santana (a 107 km de Salvador). De acordo com a Polícia Militar, o ataque ocorreu na altura do km 528, por volta de 23h. Ainda de acordo com a PM, um homem chamou o taxista no bairro Tomba e quando chegou na altura do km 528, anunciou o assalto.
O taxista reagiu e o assaltante o esfaqueou no pescoço. Em seguida, fugiu no táxi - um Siena, placa NZC-7253, licença de Feira de Santana. A vítima foi levada para o Hospital Geral Clériston Andrade e não corre risco de morte. A polícia ainda não identificou o crimioso.