domingo, 5 de maio de 2013

Idoso de 84 anos é encontrado morto dentro de casa em Amélia Rodrigues (BA)

Um aposentado de 84 anos foi encontrado morto na noite deste sábado (04) em sua residência, próxima à Fazenda Cajá, zona rural de Amélia Rodrigues (a 84 km de Salvador). O nome da vítima ainda não foi divulgado. O idoso era viúvo e morava sozinho. 
Segundo a polícia, a casa estava revirada e o homem foi encontrado por sua filha. A vítima estava com um lençol em volta do pescoço. A filha disse à polícia que visitava o pai uma vez por mês e "deixava com ele uma quantia em dinheiro". O caso será investigado pela Polícia Civil da cidade.

Adolescente de 17 anos é morta com seis tiros no Alto de Ondina

A adolescente Tainá Pereira Evangelista, de 17 anos, foi morta com seis tiros na madrugada deste domingo (05), na Travessa Alto de Ondina, no bairro de Ondina, em Salvador. O crime aconteceu por volta das 1h20, em frente ao Jardim Zoológico e próximo ao Palácio de Ondina, residência do governador da Bahia, Jaques Wagner. Ela foi baleada nas costas, na cabeça, no peito e na perna esquerda.

Segundo a 12ª Companhia Independente de Polícia Militar (CIPM-Ondina/Rio Vermelho), uma testemunha disse que um homem em um carro cinza se aproximou enquanto Thainá caminhava, atirou contra a jovem e fugiu. Ainda segundo a PM, a testemunha não soube informar a placa nem o modelo do veículo.

De acordo com o DHPP (Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa), que investiga o caso, o suspeito é o ex-namorado da vítima, um homem conhecido como Carlinos. Tainá chegou a ser socorrida no HGE (Hospital Geral do Estado), mas não resistiu aos ferimentos. No local do crime, os policiais encontraram cinco cápsulas de calibre 32.

Juiz de Nova Soure (BA) morre em acidente de moto na BR-116

Marcelo Luiz Santos Freitas, de 36 anos, juiz da comarca de Nova Soure (a 239 km de Salvador), morreu na tarde deste sábado (04) após um acidente de moto na BR-116, próximo ao povoado de Trindade, em Cícero Dantas (a 313 km da capital baiana). O acidente aconteceu por volta das 14h30, segundo a Polícia Rodoviária federal (PRE). 
O juiz conduzia a moto CDBRW, placa OKM 1407, de Tucano (BA), e seguia para um encontro de motociclistas em Paulo Afonso (BA), quando colidiu com uma picape Chevrolet S10, placa AQW 4129, de Assis Chateaubriand (PR). Ele morreu no local. Os quatro passageiros da S10 tiveram ferimentos leves. 
Marcelo Freitas havia se envolvido em outro acidente no dia 09 de julho de 2011, no km 265 da BR-116, próximo a Euclides da Cunha, quando bateu em outra moto. O piloto Valdiro de Jesus Pimentel, que era assessor do deputado estadual Zé Neto (PT-BA), morreu no local do acidente.

Governantes e governados

João Ubaldo Ribeiro 

Essa capadoçagem burra, arrogante e irresponsável, tentada no Congresso Nacional, para intimidar e desfigurar o Poder Judiciário, mostra de novo como somos atrasados. Antiga-mente, éramos um país subdesenvolvido e atrasado. Fomos promovidos a emergente - embora volta e meia me venha a impressão de que se trata de um eufemismo modernoso para designar a mesma coisa - e continuamos atrasados. Nosso atraso é muito mais que econômico ou social, antes é um estado de alma, uma segunda natureza, uma maneira de ver o mundo, um jeito de ser, uma cultura. 

Temos pouco ou nenhum espírito cívico, somos individualis-tas, emporcalhamos as cidades, votamos levianamente, uri-namos nas ruas e defecamos nas praias, fazemos a barulheira que nos convém a qualquer hora do dia ou da noite, matamos e morremos no trânsito, queixamo-nos da falta de educação alheia e não notamos a nossa, soltamos assassinos a torto e a direito, falsificamos carteiras, atestados e diplomas, fura-mos filas e, quase todo dia, para realçar esse panorama, assis-timos a mais um espetáculo ignóbil, arquitetado e protago-nizado por governantes.

Que coisa mais desgraciosa e primitiva, esse festival de fanfarronadas e bravatas, essa demonstração de ignorância mesclada com inconsequência, essa insolência despudorada, autoritária, prepotente e pretensiosa. Então a ideia era submeter decisões do Supremo Tribunal Federal à aprovação do Congresso, ou seja, na situação atual, à aprovação do Executivo. E gente que é a favor disso ainda tem o desplante de lançar contra os adversários acusações de golpismo. 

Golpismo é isso, é atacar o equilíbrio dos poderes da República, para entregar à camarilha governista o controle exclusivo sobre o destino do país. Até quem só sabe sobre Montesquieu o que leu numa orelha de livro lembra que o raciocínio por trás da independência dos poderes é prevenir o despotismo. Se eu faço a lei, eu mesmo a executo e ainda julgo os conflitos, claro que o caminho para a tirania está aberto, porque posso fazer qualquer coisa, inclusive substituir por outra a lei que num dado momento me incomode.

Hoje, muito tempo depois de Montesquieu, sistemas como o vigente nos Estados Unidos, cujas instituições políticas plagiamos na estruturação da nossa república, dependem de um equilíbrio delicado e sutil, o qual pressupõe uma formação cívica e cultural que nosso atraso nos impede de plagiar também. Uma barbaridade desse porte é praticamente impossível acontecer por lá. E isso se evidencia até no comportamento e nas atitudes de todos. 

Nenhum deputado americano iria blaterar contra a Suprema Corte e investir contra a integridade do Estado dessa forma. E nenhum dos magistrados sai, como aqui, dando entrevistas em toda parte e tornando-se figurinhas fáceis, cuja proximi-dade induz uma familiaridade incompatível com a natureza e a magnitude dos cargos que ocupam, intérpretes supremos da Constituição, última instância do Estado, capaz de selar em definitivo o destino de um cidadão ou até da sociedade. 

Quem já presenciou a abertura de uma sessão da Suprema Corte, em Washington, há de ter-se impressionado com a so-lenidade majestosa do ato e com a aura quase sacerdotal dos juízes. Aqui, do jeito que as coisas vão, chega a parecer possível que, um dia destes, a equipe de um show de tele-visão interrompa uma sessão do Supremo para entrevistar os ministros, com uma comediante fazendo perguntas como "que é que você usa por baixo da toga?" e Sua Excelência, olhan-do para o decote dela e depois piscando para a câmera, dê uma gargalhadinha e responda "passa lá em casa, que eu te mostro".

Soberana, entre as nossas manifestações de atraso, é a importância que damos à televisão. Não conheço outro país onde visitas apareçam exclusivamente para ver televisão na companhia dos visitados, ou onde se liga a televisão na sala e ninguém mais conversa. Hoje está melhor, mas, antiga-mente, o sujeito era convidado para dar uma entrevista e todos os funcionários da estação ou da produção o tratavam como se ele estivesse recebendo uma dádiva celestial. 

Do faxineiro à recepcionista, todos eram importantíssimos e eu mesmo já me estranhei com alguns, um par de vezes. A televisão é tudo a que se pode ambicionar, todas as moças querem ser atrizes de novelas, a fama é aparecer na televisão, quem aparece na televisão está feito na vida. Briga-se por tempo na televisão, ameaça-se o regime por causa de tempo na televisão e avacalha-se a imagem das instituições através dos que parecem sempre ansiosos por aparecer na televisão. 

Em relação aos ministros do Supremo, creio que todos os dias pelo menos uns dois deles se exibem em entrevistas. Houve a questão do mensalão, mas a moda e o costume já pegaram e qualquer processo no Supremo que venha a ter grande repercussão vai gerar novas entrevistas, pois ministro também é filho de Deus e, se não houvesse seguido a carreira jurídica, teria sido personalidade da televisão.

Quanto aos governados, as chances de aparecer na televisão são escassas e talvez o mais recomendável seja não ambicioná-las, porque isso pode significar que teremos sido assaltados ou atropelados, ou vovó esticou as canelas depois de quatro dias numa maca na recepção de um hospital vinculado ao SUS, ou já viramos presunto. Temos os nossos representantes, que podem representar-nos também aparecendo na televisão, são o nosso retrato. 

Continuam a caber-nos as duas certezas que Benjamin Franklin via na vida: death and taxes, morte e impostos. Nossas oportunidades de morte são amplas e diversificadas, de bala perdida a dengue. Em relação aos impostos, estamos a caminho do campeonato mundial. E, finalmente, contamos com o consolo de saber que todo poder emana do povo e em seu nome será exercido. Ou seja, pensando bem, não temos de quem nos queixar. Texto publicado originalmente em 05 de maio de 2013, no jornal O Globo, caderno Cultura.

Piloto morre durante exibição de acrobacias na Espanha

Um piloto de 45 anos morreu e oito pessoas ficaram feridas neste domingo (05) após o monomotor que ele pilotava bater em um poste e explodir em um hangar durante um show de acrobacias no Aeroclube de Cuatro Vientos, nos arredores de Madrid. O acidente, que aconteceu por volta das 14h (às 9h de Brasília), foi visto por cerca de 3.000 pessoas e filmado. As imagens foram divulgadas no You Tube.
O show de acrobacias é promovido pela Fundação Infante de Orleans e acontece no primeiro domingo de cada mês. O piloto tentava fazer um "looping" (manobra em que o avião faz um giro de 360º), quando perdeu o controle do monomotor. Ele teve queimaduras de terceiro grau e morreu a caminho do hospital. 

Os feridos tiveram queimaduras leves. O pai do piloto viu o acidente e teve uma crise de hipertensão. Ele e os feridos foram socorridos no Hospital Universitário de Getafe.

Acidente com dois veículos mata duas pessoas e deixa uma em estado grave em Santa Bárbara (BA)


Uma batida entre um Fiat Siena (JRY 6181, de Feira de Santana) e uma Kombi (JSE 9305, de Serrinha) deixou duas pessoas mortas e uma ferida em estado grave na manhã deste domingo (05), na BR-116, na altura do Km 377, próximo ao município de Santa Bárbara (a 151 km de Salvador). O acidente aconteceu por volta das 9h.
Segundo a Polícia Rodoviária Estadual (PRE), morreram o motorista da Kombi, Roberto de Jesus Silva, de 28 anos, e Maria Edelci Carvalho Oliveira, de 46 anos, que estava no banco do carona do Siena. O motorista do Siena, marido de Edelci, José Adauto Oliveira, de 52 anos, foi levado pelo Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) para o Hospital Geral Clériston Andrade, em Feira de Santana (a 108 km da capital baiana).

De doméstica a ministra

Julia Borba 


Primogênita de nove irmãos, ministra do TST Delaíde Arantes foi empregada para custear os livros e realizar o sonho de cursar direito 


"Meu sonho sempre foi trabalhar com Direito. Uma vez me perguntaram: como é o caminho de empregada a ministra? Olha, foi tão longo que nem dá para fazer uma ligação direta", diz Delaíde Arantes, ministra do TST (Tribunal Superior do Trabalho). 
Fui doméstica aos 15 anos, em Pontalina (GO), para ajudar a custear meus estudos, comprar livros. Fiquei nesse emprego por um ano. A segunda ocasião foi ao sair da minha cidade. Fui para Goiânia e trabalhei em uma república de moças. Eu morava lá, mas não pagava aluguel, prestava esses serviços. Fiquei lá seis meses. 

Sou a filha mais velha de nove irmãos. Fui a primeira a sair de casa e a primeira a me formar no nível superior. Depois de mim, outros irmãos também fizeram faculdade. Desde menina me dei conta de que a situação financeira da minha família era muito ruim. Vovó dizia que tinha receio de a minha mãe passar dificuldade. Eu pensava: vou ajudar meus pais. 
Lembro de pedir a Deus para me ajudar a conseguir estudar. Papai me dizia que era muito difícil, éramos muitos filhos e eles não tinham recursos. 

Estudei bastante. Minha escola ficava a 2,5 km de casa. Ia e voltava a pé. Lembro-me de um episódio em que um primo foi me ajudar a arrumar um emprego. Ele ligou para um político que frequentou a casa do meu avô e, quando explicou quem eu era, o interlocutor emendou: "Neta do Cipriano não pode ser". O que ele queria dizer era: aquela família era tão simples que eu não poderia ter preparo para trabalhar em um escritório de advocacia. Trabalhei lá por seis meses. 

No interior existem poucas atividades culturais. Em Pontalina só tinha uma sala de cinema, que exibia filmes alguns dias do mês. O que tinha sempre era seção do Tribunal do Júri. A população ia lá assistir e ficava encantada. Eu também. Sempre soube que era isso que queria. 
Fiz contabilidade e depois o curso de direito. Nesse período, em Goiânia, trabalhei em vários lugares: em loja de material de construção, recepcionista em construtora e, depois de uma seleção, fui secretária-executiva de uma multinacional. 

Sou uma otimista incorrigível. Gosto de dizer que era feliz como doméstica, recepcionista, secretária, estagiária. É preciso gostar do que se faz. Procurei fazer tudo da melhor forma. Não houve um salto na minha carreira. Foi uma longa e lenta caminhada. Ingressei de corpo e alma na carreira. Com dez anos de advocacia, passei a ter meu próprio escritório. Depois de 30 anos surgiu a oportunidade de concorrer a uma vaga no Tribunal Superior do Trabalho. Concorri com 28 advogados de todo Brasil. Meus pais são vivos e estão muito orgulhosos de mim. Eles me apoiam desde pequenininha. 


pouco mais de um mês em vigor, a nova Lei dos Domésticos ainda não foi completamente regulamentada. Pontos como a definição da jornada de babás e cuidadores ou a multa paga pelos patrões em demissão por justa causa, por exemplo, ainda precisam ser definidos pelo Congresso Nacional. No Dia do Trabalho, Delaíde Arantes completou 61 anos. Ela diz que compreende a controvérsia, mas apoia regras iguais para as categorias.



Por qual motivo a PEC trouxe tanta discussão?

Delaíde Arantes - É uma questão complexa do ponto de vista de paradigmas. Quando veio a Constituição de 88, também houve reclamação. Agora é um pouco mais complicado do ponto de vista de conscientização. Não são empresas reclamando, mas milhões de pessoas. 

Qual dos pontos, na sua opinião, é o mais polêmico?

A jornada de trabalho, porque muitos empregadores já combinaram a remuneração estabelecendo qual seria a jornada. É necessário um processo de adaptação, mas defendo a mudança. Não há nada que justifique uma categoria de 7,2 milhões de brasileiros viver marginalizada. 

A senhora concorda com a multa de 40% sobre FGTS para demissão sem justa causa? 

Do ponto de vista legal não pode ser diferente, mas não sou radical de dizer que não aceito discutir. 

A PEC acaba com a marginalização da categoria? 

Melhora muito o constrangimento, a estima. A emenda não acaba com todos os problemas, mas o trabalhador passa a ser reconhecido, sai da situação de invisibilidade. Texto publicado originalmente em 05 de maio de 2013, no jornal Folha de São Paulo, caderno Mercado.

Homem é morto a tiros dentro de bar em Pojuca (BA)


Moisés de Oliveira Borges, de 40 anos, foi morto com dois tiros na axila na noite deste sábado (04), dentro do bar Cantinho da Estação, na cidade de Pojuca (a 77 km de Salvador), região metropolitana da capital baiana. A Polícia Militar (PM) recebeu a denúncia pelo 190 de que havia um homem baleado na rua Alfredo Leite Shangrilá. Quando os policiais chegaram ao local, encontraram o homem morto no interior do bar. Segundo a PM, nenhum suspeito foi preso.