sábado, 30 de junho de 2012

Não existe legítima defesa?

O anacronismo da legislação penal e processual penal do Brasil vem gerando situações absurdas, levando cidadãos inocentes, que reagiram a criminosos que os assaltavam à mão armada, a serem processados por crime de homicídio doloso (quando há intenção de matar) triplamente qualificado.
Só este mês, ocorreram três casos semelhantes. Um aconteceu numa joalheria de Porto Alegre, onde o proprietário, reagindo a um assalto no momento em que abria o estabelecimento, baleou um dos criminosos, que acabou morrendo. Outro caso aconteceu numa tarde de sábado no centro da cidade de Caxias do Sul. Surpreendida em seu apartamento por um ladrão que a ameaçava com uma faca de cozinha, uma senhora de 86 anos tirou da gaveta um revólver calibre 32 que pertencera a seu marido e que estava sem uso há mais de 30 anos e o matou com três disparos.
O terceiro caso aconteceu na região de Cidade Dutra, na zona sul de São Paulo. Rendido em sua loja por dois assaltantes e levado até um banheiro, um comerciante de produtos de informática aproveitou um momento de distração dos bandidos, sacou uma pistola Glock 380 que guardava na mochila e disparou contra os bandidos. Um deles também disparou um revólver calibre 32. Os bandidos morreram logo após dar entrada no Pronto-Socorro do Grajaú. A loja já havia sido assaltada oito vezes nos últimos três anos.
Apesar de terem agido em legítima defesa, nos três casos as vítimas dos assaltantes podem se converter em réus de ações criminais, correndo o risco de serem condenadas a penas privativas de liberdade a serem cumpridas em prisões de segurança máxima, o que representa uma absurda inversão de valores.
Por não ter registro de arma, por exemplo, a idosa de Caxias do Sul está sendo indiciada por crime de homicídio doloso. Pela legislação processual penal em vigor, explicou o delegado responsável pelo caso, sua tarefa é apenas elaborar o inquérito criminal e enviá-lo para a Justiça.
A propositura de uma ação penal cabe ao Ministério Público (MP) e o acolhimento do pedido e a posterior condenação ou absolvição da acusada são de responsabilidade de um juiz criminal.
Já os proprietários da joalheira de Porto Alegre e da loja de informática de São Paulo tinham suas armas registradas pela polícia, como manda a Lei do Desarmamento. Apesar disso, os delegados responsáveis pelo inquérito criminal deixaram-se levar por um formalismo que parece exagerado.
No caso do comerciante paulista, por exemplo, o delegado colocou em dúvida a tese de legítima defesa e, alegando indícios de "reação excessiva" e "excesso doloso", pois um dos assaltantes era menor de idade, prendeu o comerciante na carceragem da delegacia.
As testemunhas relataram que os assaltantes agiram com violência e que, após o tiroteio, o comerciante esperou a chegada da polícia, apresentou a arma e prestou depoimento. "Quanto à possibilidade do reconhecimento da legítima defesa, submeto à apreciação do Poder Judiciário, ouvindo representantes do Ministério Público", disse o delegado responsável pelo inquérito.
Ficou evidente que a idosa e os comerciantes apenas reagiram, defendendo sua vida. Como imputar exagero na reação que tiveram ao ter a vida ameaçada? Por que indiciá-los e convertê-los em réus, obrigando-os a gastar a poupança de uma vida para contratar advogados de defesa, uma vez que eram pessoas honestas colocadas sob risco em suas residências e locais de trabalho?
Apesar de serem obrigados a observar a legislação processual penal, que tem mais de 70 anos, por que os delegados de polícia se deixaram levar por tanto formalismo? A falta de bom senso na interpretação das leis propicia, assim, um cenário surrealista, no qual têm direitos os bandidos, devendo as vítimas de atos criminosos curvar-se à vontade de seus algozes.
E quem se defende dentro de sua própria casa vai para a cadeia por ter ferido um criminoso. Não existe mais legítima defesa? Texto publicado originalmente em 30 de junho de 2012, no jornal O Estado de São Paulo, Caderno Opinião.

Três baianas são convocadas para a Olimpíada de Londres

Jorge Barcellos, treinador da seleção feminina de futebol do Brasil, divulgou ontem (29), na sede da CBF (Confederação Brasileira de Futebol), as 18 atletas convocadas para a Olimpíada de Londres 2012, que começa no dia 27 de julho.
Das 18 atletas, três são baianas. Na lista, estão a lateral-direita Fabi, que joga no Roosiyanca (Rússia), e as meias Formiga, do São José (São Paulo), e Elaine, que joga no Tyresö (Suécia).
A estreia da seleção feminina na Olimpíada ocorre no dia 25 de julho, contra Camarões. No dia 28, contra a Nova Zelândia; no dia 31 de julho, contra a Grã-Bretanha.
A lista final:
Aline Pellegrino - Football Club Roosiyanca (Rússia)
Andreia Suntaque - Juventus (SP)
Barbara Micheline - Foz Cataratas (PR)
Bruna - Foz Cataratas (PR)
Cristiane - Football Club Roosiyanca (Rússia)
Daiane (Bagé) - São José (SP)
Elaine - Tyresö/SuéciaErika - Centro Olímpico (SP)
Ester - Football Club Roosiyanca (Rússia)
Fabi - Football Club Roosiyanca (Rússia)
Formiga - São José (SP)
Francielle - São José (SP)
Grazielle (Grazi) - Portuguesa (SP)
Marta - Tyresö (Suécia)
Maurine - Centro Olímpico (SP)
Renata Costa - Foz Cataratas (PR)
Rosana - Olympique Lyonnais (França)
Thaisinha - Vitória (PE)

Dono de bar é morto dentro do seu estabelecimento na Massaranduba

Jaguaraci Carvalho Oliveira, de 52 anos, dono do Bar do Jaguar, na Massaranduba, em Salvador, foi assassinado com dois tiros na noite desta sexta-feira (29), dentro do seu estabelecimento comercial. O crime aconteceu por volta das 23h, e havia pelo menos quatro pessoas no bar.
Segundo a Polícia Militar (PM), o assassino é um usuário de drogas, suspeito de ter ameaçado o comerciante semana passada, após ter sido proibido de entrar no bar, por ter cheirado cocaína no local.
De acordo com policiais da 17ª Companhia Independente da Polícia Militar (CIPM/Bonfim), testemunhas disseram que o criminoso chegou ao local bêbado e drogado, e pediu uma carteira de cigarro ao comerciante. "Enquanto Jaguaraci se virou para pegar o cigarro, ele atirou pelas costas e fugiu".
Ainda segundo a polícia, o assassino fugiu em um carro Volkswagen Gol branco sem levar nada, e continua foragido. A vítima foi socorrida ao pronto-socorro do Hospital São Jorge, o antigo PAM de Roma, mas não resistiu aos ferimentos. Jaguaraci, que era divorciado, deixa uma filha e um neto.

Ladrões arrombam casa lotérica no Comércio, ao lado do Elevador Lacerda

Uma lotérica ao lado do Elevador Lacerda, no bairro do Comércio, foi arrombada na madrugada deste sábado (30), segundo a polícia. Por volta das 7h, funcionários de lojas vizinhas ligaram para a polícia depois de ver o estabelecimento arrombado.
Policiais da 16ª Companhia Independente da Polícia Militar (CIPM/Comércio) chegaram ao local e informaram que os ladrões fizeram um buraco na parede da casa lotérica e usaram um maçarico para arrombar o cofre. A polícia não soube informar o valor roubado. Ninguém foi preso.