sábado, 24 de março de 2012

Briga durante festa de casamento deixa um morto e dois feridos em Ondina

Um homem morreu e seus dois irmãos foram baleados por volta das 21h deste sábado (24), durante a cerimônia de casamento de Nivaldo e Nádia, na Igreja Assembleia de Deus, na Rua do Corte Grande, no Alto de Ondina. O caso foi registrado na 7ª Delegacia (Rio Vermelho) e será investigado pelo DHPP (Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa).
Segundo a Polícia, um homem identificado como Adson Santos Nascimento, de 29 anos, estacionou o seu carro na porta da igreja e ligou o som do carro em alto volume. Os irmãos do noivo, Edvaldo de Oliveira Santos Filho, de 45 anos, Marivaldo de Oliveira Santos, de 36 anos, conhecido como Careca, e Valter Bonfim da Conceição Santos, de 47 anos, foram até a rua para pedir para abaixar o som.
À polícia, testemunhas disseram que Adson Santos já se aproximou dos irmãos do noivo atirando contra eles. Marivaldo foi atingido em várias partes do corpo e chegou a ser levado para o HGE (Hospital Geral do Estado), mas não resistiu aos ferimentos. Edvaldo foi atingido no braço, e Valter nas costas. Eles foram socorridos no HGE. Não há informações sobre o estado de saúde deles.
Após atirar nos três homens, Adson Santos foi linchado por moradores e seu carro foi queimado. Ele foi encaminhado para o Hospital do Subúrbio, onde permanece internado.
Pai de uma menina de sete anos e dono de uma oficina mecânica na avenida Cardeal da Silva, Marivaldo será enterrado amanhã, no Cemitério Campo Santo, às 16h.

Terminais da CEF ficarão desativados na madrugada deste domingo

A Caixa Econômica Federal (CEF) suspenderá o acesso aos terminais de autoatendimento (caixa eletrônico) e ao site do banco entre 1h e 4h deste domingo (25). As operações com cartões de crédito e débito não serão suspensas. De acordo com a CEF, as interrupções se devem a melhorias na infraestrutura de tecnologia do banco.

Novo jornalismo em tempos de corrupção

Teleanálise
Malu Fontes
Há uma semana o Fantástico levou ao ar uma grande reportagem, classificada pelo próprio programa como do gênero jornalismo investigativo, na qual a Rede Globo inaugurava em seus protocolos jornalísticos um método novo de apurar informação para a construção de uma reportagem em profundidade.
À frente da reportagem, Eduardo Faustini, o repórter de rosto desconhecido mais famoso do telejornalismo brasileiro, pois todas as suas matérias são feitas com a estratégia da câmera escondida e todas provocam repercussão nacional. Não raro as reportagens de Faustini levam gente para a cadeia e para os tribunais.
Desta vez, Faustini e o Fantástico deram um passo além na estratégia da câmera escondida. Com o propósito de denunciar como funciona a máfia de empresários especializados em fraudar concorrências públicas em hospitais universitários, o jornalista lançou mão de um recurso inédito na emissora: ‘tornou-se funcionário’ de um hospital do Rio durante meses e, combinado com a direção real da unidade e certamente muito bem assessorado pelo departamento jurídico da emissora, lançou editais de concorrências falsas para atrair empresários de má fé, habituados a embolsar dinheiro público nesse tipo de expediente.
Ratoeira - O que a emissora e Eduardo Faustini fizeram foi montar uma armadilha para pegar, como se pega rato em ratoeira, representantes de empresas que vivem de lesar cofres públicos fraudando e combinando licitações, realizando concorrências viciadas e mentirosas e fornecendo produtos a preços super faturados, muito além dos valores praticados pelo mercado.
É aí que, do ponto de vista do jornalismo e do telejornalismo, começa o embate em torno de uma reflexão: esses fins justificam, jornalisticamente, os meios? O fato de os níveis de corrupção no Brasil atingirem patamares tão alarmantes, justificam o fato de o telejornalismo assumir o papel das instituições públicas e não apenas fiscalizar a esfera pública, mas montar armadilhas para pegar corruptos e entregá-los às autoridades?
Dificilmente se encontrará um telespectador disposto a discordar da Rede Globo e de seus profissionais de imprensa por armarem uma arapuca desta natureza, por literalmente criarem um fato e transformá-lo em notícia bombástica. Sim, aqueles empresários têm aquelas práticas como um habitus de há muito enraizado e não são apenas aqueles. Mas, daquela vez, era tudo fake, era uma armadilha, o que significa dizer que o quê a Globo fez não foi noticiar um fato, simplesmente. Ela criou um fato específico para depois noticiá-lo. O cenário já existia, é verdade, mas aquele fato específico foi criado.
Rapinagem - Após criar o fato, fazê-lo notícia, mostrar os culpados em flagrante e apresentá-los ao país já após um rito sumário de condenação, a emissora foi esfregar sua competência de agente fiscalizador na cara dos poderes públicos que, aos olhos da população, não passam de uma Carolina banguela e demente na janela vendo os recursos públicos serem devorados pela rapinagem de empresários corruptores, com a conivência de autoridades públicas corruptas. Usando as imagens da armadilha, todos os telejornais da emissora passaram a semana esfregando-as na cara de senadores, deputados, autoridades policiais e jurídicas, ministros, órgãos de fiscalização das contas públicas, prefeito e governador.
A matéria do Fantástico é a tradução do jornalismo assumindo para si parte do papel que deveria ser exercido com eficiência pelo poder público. Tendo desempenhado-a com eficiência auto-reconhecida e auto-celebrada, a TV volta-se para a opinião pública e para as autoridades e grita: estão vendo? Eu consigo pegar ladrões. E vocês, o que estão fazendo?
Como soldados de chumbo capazes de matar a mãe para não perder a chance de ganhar um minuto no Jornal Nacional, todas as autoridades públicas, com o rabo entre as pernas pela omissão de todo dia, prometem tudo à Globo: vão investigar, averiguar, instalar CPI, buscar o dinheiro de volta, suspender contratos, prender, punir, acabar com essa bandalheira e o diabo a quatro. Vão nada...
Só ratinhos de pequena desenvoltura e pelo curto são mansos o suficiente para cair nesse tipo de armadilha. Os big boss das grandes construtoras, por exemplo, onde rolam as grandes águas sob as pontes, jamais terão esse tipo de 15 minutos de fama no Fantástico.
Malu Fontes é jornalista, doutora em Comunicação e Cultura e professora da Facom-UFBA. Texto publicado originalmente em 25 de março de 2012, no jornal A Tarde, Salvador/BA.

Brasileiro é condenado a prisão perpétua nos EUA por cinco estupros

O caminhoneiro brasileiro Gleiston Andrade, de 41 anos, foi condenado a prisão perpétua nesta sexta-feira (23) nos Estados Unidos, por estuprar sete prostitutas em Oakland, no Estado da Califórnia. Segundo a TV CBS, Andrade foi preso no dia 06 de outubro de 2009, na cidade de Emeryville, depois de policiais receberem informações de que um homem estaria levando prostitutas para um estacionamento nos fundos de uma loja para estuprá-las.
Além dos depoimentos de quatro vítimas, o Ministério Público (MP) apresentou como provas dos crimes exames de DNA que apontaram a presença de material genético do brasileiro em duas mulheres. De acordo com o MP, Andrade usou uma arma de chumbinho para forçar as prostitutas a fazer sexo. Depois, para intimidar as vítimas, dizia que era policial.
O juiz Allan Hymer determinou que ele seja submetido a teste de Aids e que seja incluído no registro de abusadores sexuais dos EUA. Andrade pode recorrer da decisão.
A advogada de Andrade, Colleen Murray, disse no julgamento que havia poucas provas ligando o brasileiro aos crimes. Segundo Colleen Murray, as amostras de DNA recolhidas foram contaminadas, o que coloca os exames em dúvida. Ela disse que Andrade nunca se encontrou com as vítimas e que a polícia de Oakland tinha vários casos de estupro não resolvidos em que o agressor dizia ser policial, e queria atribuí-los a Andrade.

Dois africanos são encontrados no convés de navio em Ilhéus

Dois africanos foram encontrados no convés de um navio de carga que saiu da Costa do Marfim com destino ao município de Ilhéus (a 462 km de Salvador), litoral sul da Bahia, nesta sexta-feira (23). A embarcação transporta cacau e estava atracada desde terça-feira (20).
A identidade dos homens não foi revelada. Segundo informações da Polícia Federal (PF), os homens são da República de Gana e viajaram clandestinamente. Eles não possuem autorização legal para permanecer no Brasil e devem ser deportados, de acordo com a PF. Ainda segundo a PF, os homens vão ficar no navio, custodiados pelo comandante da embarcação.

Empresa de ônibus do RJ é condenada a indenizar mulher obesa que ficou presa em catraca

Uma empresa de ônibus do Rio de Janeiro foi condenada pelo TJ-RJ (Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro) nesta sexta-feira (23), a pagar R$ 12 mil por danos morais a Fernanda Oliveira, uma passageira obesa que ficou presa na catraca do ônibus quando foi pagar a passagem.
O ônibus faz a linha Castelo-Souza Cruz. A decisão foi do juiz da 16ª Câmara Cível do TJ-RJ, desembargador Mário Robert Mannheimer. Ele considera que a empresa é omissa e justifica que a situação dos obesos é semelhante à de gestantes.
"A apelante não conduziu o ingresso da apelada por outra via, como seria seu dever. Além disso, ficou claro que os prepostos da apelante fizeram-lhe zombarias, bem como outras pessoas que se amontoavam para observar a cena. Também ficou comprovado que o estado emocional da apelada foi severamente abalado, a tal ponto que precisou de atendimento médico, em função da alta da pressão arterial, conforme confirmado pelo boletim do Corpo de Bombeiros. E, ainda que assim não fosse, a autora ficou, pelo menos, meia hora presa à roleta, razão pela qual, não seria preciso qualquer comprovação do aumento da pressão arterial para avaliar o mal-estar físico que sentiu, sem prejuízo da angústia e vexame amargurados", diz trecho da sentença.

Os 30% de Demóstenes

Leandro Fortes
A Polícia Federal tem conhecimento, desde 2006, das ligações do bicheiro Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, com o senador Demóstenes Torres, do DEM de Goiás.
Três relatórios assinados pelo delegado Deuselino Valadares dos Santos, então chefe da Delegacia de Repressão a Crimes Financeiros (DRCOR), da Superintendência da PF em Goiânia, revelam que Demóstenes tinha direito a 30% da arrecadação geral do esquema de jogo clandestino, calculada em, aproximadamente, 170 milhões de reais nos últimos seis anos.
Na época, o império do bicheiro incluía 8 mil máquinas ilegais de caça-níqueis e 1,5 mil pontos de bingos. Como somente no mês passado a jogatina foi desbaratada, na Operação Monte Carlo, as contas apresentadas pela PF demonstram que a parte do parlamentar deve ter ficado em torno de 50 milhões de reais. O dinheiro, segundo a PF, estava sendo direcionado para a futura candidatura de Demóstenes ao governo de Goiás, via caixa dois.
A informação, obtida por CartaCapital, consta de um Relatório Sigiloso de Análise da Operação Monte Carlo, sob os cuidados do Núcleo de Inteligência Policial da Superintendência da PF em Brasília. Dessa forma, sabe-se agora que Demóstenes Torres, ex-procurador, ex-delegado, ex-secretário de Segurança Pública de Goiás, mantinha uma relação direta com o bando de Cachoeira, ao mesmo tempo em que ocupava a tribuna do Senado Federal para vociferar contra a corrupção e o crime organizado no País.
O senador conseguiu manter a investigação tanto tempo em segredo por conta de um expediente tipicamente mafioso: ao invés de se defender, comprou o delegado da PF.
Deuselino Valadares foi um dos 35 presos pela Operação Monte Carlo, em 29 de fevereiro. Nas intercepções telefônicas feitas pela PF, com autorização da Justiça, ele é chamado de “Neguinho” pelo bicheiro. Por estar lotado na DRCOR, era responsável pelas operações policiais da Superintendência da PF em todo o estado de Goiás. Ao que tudo indica, foi cooptado para a quadrilha logo depois de descobrir os esquemas de Cachoeira, Demóstenes e mais três políticos goianos também citados por ele, na investigação: os deputados federais Carlos Alberto Leréia (PSDB), Jovair Arantes (PTB) e Rubens Otoni (PT).
Ao longo da investigação, a PF descobriu que, nos últimos cinco anos, o delegado passava informações sigilosas para o bando e enriquecia a olhos vistos. Tornou-se dono de uma empresa, a Ideal Segurança Ltda, registrada em nome da mulher, Luanna Bastos Pires Valadares. A firma foi montada em sociedade com Carlinhos Cachoeira para lavar dinheiro. Também comprou fazendas em Tocantins, o que acabou por levantar suspeitas e resultar no afastamento dele da PF, em 2011.
O primeiro relatório do delegado Deuselino Valadares data de 7 de abril de 2006, encaminhado à Delegacia de Repressão a Crimes Contra o Patrimônio (Delepat) da PF em Goiânia. Valadares investigava o escândalo da Avestruz Master, uma empresa que fraudou milhares de investidores em Goiás, quando conheceu o advogado Ruy Cruvinel. Cruvinel chamou Valadares para formar uma parceria a fim de criar “uma organização paralela” à de Carlinhos Cachoeira. O suborno, segundo o delegado, seria uma quantia inicial de 200 mil reais. Ele, ao que parece, não aceitou e decidiu denunciar o crime.
Em 26 de abril de 2006, o relatório circunstanciado parcial 001/06, assinado por Deuselino Valadares, revelou uma ação da PF para estourar o cassino de Ruy Cruvinel, no Setor Oeste de Goiânia. Preso, Cruvinel confessou que, dos 200 mil reais semanais auferidos pelo esquema (Goiás e entorno de Brasília), 50%, ou seja, 100 mil reais, iam diretamente para os cofres de Carlinhos Cachoeira.
Outros 30% eram destinados ao senador Demóstenes Torres, cuja responsabilidade era a de remunerar também o então superintende de Loterias da Agência Goiânia de Administração (Aganp), Marcelo Siqueira. Ex-procurador, Siqueira foi indicação de Demóstenes e do deputado Leréia para o cargo. Curiosamente, ao assumir a função, um ano antes, ele havia anunciado que iria “jogar duro” contra o jogo ilegal em Goiás.
Em 31 de maio de 2006, de acordo com os documentos da Operação Monte Carlo, Deuselino Valadares fez o relatório derradeiro sobre o esquema, de forma bem detalhada, aí incluído um infográfico do “propinoduto” onde o bicheiro é colocado no centro de uma série de ramificações criminosas, ao lado do senador do DEM e do ex-procurador Marcelo Siqueira. Em seguida, misteriosamente, o delegado parou de investigar o caso.
“Verificado todo o arquivo físico do NIP/SR/DPF/GO não foi localizado nenhum relatório, informação ou documentos de lavra do DPF DEUSELINO dando conta de eventual continuidade de seus contatos com pessoas ligadas à exploração de jogos de azar no Estado de Goiás”, registrou o delegado Raul Alexandre Marques de Souza, em 13 de outubro de 2011, quando as investigações da Monte Carlo estavam em andamento.
A participação do senador Demóstenes Torres só foi novamente levantada pela PF em 2008, quando uma operação também voltada à repressão de jogo ilegal, batizada de “Las Vegas”, o flagrou em grampos telefônicos em tratativas com Carlinhos Cachoeira. Novamente, o parlamentar conseguiu se safar graças a uma estranha posição da Procuradoria Geral da República, que recebeu o inquérito da PF, em 2009, mas jamais deu andamento ao caso.
Veja aqui documentos da Operação Monte Carlo.

Violência em Salvador e região metropolitana deixa cinco mortos na manhã deste sábado

Cinco pessoas morreram na manhã deste sábado (24) em Salvador e região metropolitana, de acordo com a SSP-BA (Secretaria de Segurança Pública da Bahia). Os homicídios registrados pela SSP ocorreram entre a madrugada e as 11h.
Por volta das 1h20, o estudante Eliomar Jesus de Freitas, de 22 anos, foi morto a tiros numa região conhecida como Feirinha, no bairro de Cajazeiras X.
No bairro de Itinga, o estudante Pedro Henrique Gomes Costa, de 22 anos, foi morto a tiros, por volta das 6h. Ele foi socorrido no Hospital Jorge Novis, mas não resistiu aos ferimentos.
Um homem ainda não identificado foi morto a tiros na Rua 1º de Janeiro, no bairro de Pituaçu, por volta das 9h.
O estudante Emanoel Ilaniel de Oliveira Silva, de 28 anos, foi assassinado a tiros no bairro da Mata Escura, por volta das 10h30.
Por volta das 10h30, moradores de Prainha do Lobato, no bairro do Lobato, encontraram o corpo de uma mulher, ainda não identificada.
Os crimes serão investigados pelo DHPP (Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa).