quarta-feira, 13 de junho de 2012

Incêndio atinge loja de shopping em Salvador

Um princípio de incêndio no shopping Barra Center, em Salvador, assustou funcionários e clientes na tarde desta quarta-feira (13), por volta das 17h30. O shopping fica na Barra, orla marítima da cidade. O fogo foi contido por funcionários do shopping e ninguém ficou ferido, segundo a assessoria de imprensa do estabelecimento.
Informações iniciais apontam que o incêndio teve início na loja Donna Chita, localizada no térreo do prédio, e a causa pode ter sido uma pane elétrica no ar condicionado da loja.

Jogador Breno é julgado na Alemanha por incêndio em sua casa

O jogador brasileiro Breno, de 22 anos, que era do São Paulo e joga no Bayern de Munique, será julgado hoje na Alemanha, sob acusação de ter provocado o incêndio em sua própria casa, em Munique, em setembro do ano passado.
No momento do incêndio, a mulher e os filhos de Breno estavam na casa de uma vizinha. O jogador pode ser condenado a 15 anos de prisão.

Aeroporto de Congonhas tem 40% dos voos cancelados

O aeroporto de Congonhas (SP) registrou na manhã desta quarta-feira (13) o cancelamento de 17 voos (21,3%), segundo informações da Infraero (Empresa Brasileira de Infra-Estrutura Aeroportuária). Os cancelamentos ocorrem em razão do nevoeiro de ontem.

Homem morre queimado por suposto amante em Alagoinhas (BA)

A Polícia Civil da Bahia prendeu na última sexta-feira (08), em Alagoinhas (a 116 km de Salvador), Edivânio Pereira Pinho, de 46 anos, pela morte de seu suposto amante, ao atear fogo nele. Erico Patrick Vila Flor, de 36 anos, teve 70% do corpo queimado. O crime ocorreu na tarde do dia 08, na casa da vítima, no bairro Santa Terezinha.
Segundo a polícia, Edivânio jogou cerca de dois litros de gasolina no corpo de Ercico. Amigos da vítima disseram à polícia que Erico era casado com uma mulher e tinha um caso com Edivânio, que é homossexual, segundo relato dos amigos.
A motivação do crime ainda não foi esclarecida pela polícia, mas há suspeitas de que Edivânio estava com ciúme de Erico com a mulher, que não teve o nome revelado. Erico foi socorrido no Hospital Regional Dantas Bião, mas morreu no dia seguinte.

Aos olhos de Ivan

Ruy Castro
Ivan Lessa temia que, quando morresse, algum cartunista iria desenhá-lo de camisola e asinha, encontrando-se com um colega também recém-morto, os dois flutuando sobre uma nuvem. Achava isso de uma total falta de imaginação. Sábado último, quando veio a notícia de sua morte, já antevi o cartum: Ivan sendo recebido numa nuvem por Millôr Fernandes, ambos de anjinhos. Mas o cartum não aconteceu - o horário de fechamento dos jornais nos fins de semana o salvou do lugar-comum.
Leio na internet mensagens acusando-o de abandonar o Brasil, de não ter ficado para "resistir" e de dedicar os últimos 34 anos a falar mal do país à distância. Viva a ignorância. Ivan passou no Brasil os piores anos da ditadura, que foram os da década de 70, e num dos lugares mais expostos: as páginas do "Pasquim", o maior alvo da censura.
Ali ele criou o humor mais violento que o país já viu, e que só escapava à Pilot pela burrice dos censores. "Amar é... ser o primeiro a reconhecer o marido no Instituto Médico Legal", escreveu. Ou: "Vomitar, no Nordeste, é sinal de status". Ou: "O brasileiro é um povo com os pés no chão. E as mãos também". E só em 1978, quando a abertura era uma realidade, Ivan partiu para Londres, na contramão dos exilados que chegavam.
Partiu só fisicamente, porque continuou atento e irritado com tudo que acontecia por aqui. Era um Paulo Francis de pavio curto. Mas, ao contrário de Francis, era um escravo do rigor, da data certa, da informação exata.
O Brasil desumano que passava aos olhos de Ivan tinha de disputar espaço com o Rio de 1949 a 1964 que vivia em sua memória, do qual ele se lembrava de todos os endereços, números de telefone, firmas comerciais, marcas de produtos, linhas de bonde, letras de músicas, times de futebol, enfim, do lixo que faz a vida valer a pena.
Texto publicado originalmente em 13 de junho de 2012, no jornal Folha de São Paulo, Caderno Opinião.