sábado, 7 de abril de 2012

Menino de dez anos é vítima de tiro acidental em Feira de Santana

Um menino de dez anos foi atingido na tarde deste sábado (07) com um tiro no olho, vítima de um disparo acidental feito pelo adolescente E.A.S., durante uma brincadeira na casa do adolescente, em Feira de Santana (a 107 km de Salvador).
Segundo a polícia, o disparo aconteceu enquanto o menino brincava de video game com E.A.S., no bairro Jardim Acácia, por volta das 16h. Ainda segundo a polícia, o adolescente pegou uma espingarda calibre 36, que estava em sua casa, e disparou acidentalmente, atingindo o menino.
O comandante da Guarda Municipal de Feira de Santana, Marcos Vinícus, afirmou que foi um acidente. Existe a suspeita de que a arma pertence ao padastro do adolescente, que será ouvido e pode ser indiciado por posse ou porte ilegal de arma de fogo de uso restrito.
A vítima foi levada por uma ambulância do Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) para o HGE (Hospital Geral do Estado), em Salvador, onde passou por uma cirurgia e continua internado.
O adolescente se apresentou com sua mãe no Complexo Policial de Feira de Santana, onde E.A.S. disse ter atingido o menino acidentalmente, e foi liberado. Ele será ouvido na Delegacia do Adolescente Infrator (DAI) na segunda-feira (09).

PM é agredido com coronhadas e facadas em assalto na Lagoa do Abaeté

O agente da Rondesp (Rondas Especiais da Polícia Militar), Nilton Souza da Silva, de 29 anos, e a mulher dele foram agredidos com coronhadas e facadas em um assalto na tarde deste sábado (07) na Lagoa do Abaeté, em Itapuã.
Segundo a 12ª Delegacia Territorial (Itapuã), que investiga o caso, Nilton Souza andava com a mulher, por volta das 16h, quando dois homens - ainda não identificados - o abordaram e tomaram sua arma.
De acordo com a polícia, o policial militar reagiu e foi agredido pelos bandidos, que fugiram levando dinheiro da vítima. O policial militar e sua mulher foram socorridos no Hospital Menandro de Farias, em Lauro de Freitas, onde foram medicados e liberados. Até o momento ninguém foi preso.

A filha de Flora

Teleanálise
Malu Fontes
Há duas semanas da estreia, o novo novelão global das nove, Avenida Brasil, já tem uma vilã para chamar inteiramente de sua e, diga-se de passagem, muito mais crível que a tal rainha do Nilo inverossímil que até pouco tempo batia ponto no mesmo bat-canal e atendia pelo nome de Tereza Cristina (Christiane Torloni). Agora é a hora e a vez da Carminha de Adriana Esteves, a vilã de João Emanuel Carneiro. De tão imoral e amoral, Carminha tinha tudo para não ser tolerada pelo público de novelas, assim de um gole só, já nas primeiras cenas da novela.
Embora o gosto por telenovelas no Brasil e o realismo do gênero no país leve a crer que o telespectador é permeável a algumas tolerâncias, a verdade é que o público situa-se numa posição moral muito pouco ou quase nada disposta a concessões quando alguns autores lhe apresentam personagens que adentram determinadas fronteiras morais e familiares sem oferecer compensações.
Vísceras - Sim, a vilania nas novelas tem limites e quase sempre esse limite é construído usando como válvula de escape a loucura ou o humor da personagem. Além disso, recomenda-se deixar de fora perversidades explícitas contra crianças. Nazaré Tedesco, Tereza Cristina, Laura Prudente e Odete Roitman tinham, cada uma ao seu jeito, algo de histriônico, traços de humor e eram carregadas de bordões.
Assim, só para citar estas, iam contornando aos olhos dos telespectadores seus excessos pouco críveis cometidos. Já Carminha, criada pelo “pai” de Flora (Patrícia Pillar), de A Favorita (2008), o mesmo João Emanuel Carneiro, não traz concessões: é a perversão em estado bruto, in natura, uma vilã absurdamente imoral e amoral, a um ponto tal que, apostar em um personagem com sua constituição moral no início de uma trama televisiva e lhe dar tamanho destaque nos primeiros capítulos, é um risco que só autores, roteiristas e diretores de mão cheia se permitem correr, pois a chance de o público abandonar a poltrona com as vísceras revolvidas existe e não é pequena.
Lágrimas oceânicas - Mas, diferentemente do que se insinua nessas primeiras semanas de novela no ar, a promessa criativa e arrojada do modelo de vilania de Carneiro nem de longe está depositada em Carminha. Ou nem de longe está depositada exclusivamente nela. As fichas dos jogos sobre a moralidade, a ambiguidade da maldade e sobre a tese dos fins justificarem ou não os meios estão na mesa, mesmo, é para a mocinha insólita da trama usá-las e abusá-las: a ex-Rita e atual Nina (Débora Falabella), a branca de neve metaforizada, vítima da Carminha amoral, órfã hiperbólica de pai e mãe e objeto de todas as maldades associadas às madrastas das fábulas.
Descartada e literalmente depositada num lixão e depois redimida pelo amor de uma mãe postiça interpretada por Vera Holtz que lhe faz a ponte com uma adoção bem sucedida por uma família argentina, a Branca de Neve de Carneiro volta adulta à trama, disposta literalmente a revolver o lixo onde foi jogada, a devolver aos seus algozes cada lágrima derramada sob a interpretação da dulcíssima Mel Maia na primeira fase. E, de tantas, as lágrimas causadas por Carminha e vertidas por Rita-Nina/Mel, já nem pareciam cenográficas, mas oceânicas.
Talheres - Filho da fina flor da classe média alta do Rio de Janeiro, nascido e criado nos melhores endereços do Leblon, filho único de mãe antropóloga e de formação cultural densa, João Emanuel Carneiro é, no casting da nova geração de autores da Globo, um nome de duzentos talheres. Embora fale de subúrbio, jogadores de futebol meso decadentes, bailes funk e técnicas de alisamento capilar da nova classe C, o moço não esconde que suas referências são de uma sofisticação literária a toda prova: de Crime e Castigo de Dostoievski, a Ilusões Perdidas, de Balzac, passando pela ideia de vingança da trama de O Conde de Monte Cristo, ele chegou à sua Branca de Neve revisitada no lixão.
Para descrever as relações familiares e sexuais do subúrbio, vai de Nélson Rodrigues. E para dar densidade à sua heroína que de mocinha não terá quase nada, vai dele mesmo: mergulha em sua própria criação, Flora, a vilã adorável de Patrícia Pillar em A Favorita. Carneiro tem feito questão de dizer em entrevistas que Nina é nada menos que uma filha dileta de Flora, uma Flora melhorada, má que só, mas com uma causa nobre que justifica seus sentimentos: Nina é uma vilã-mocinha, ambígua, eivada de maldades, mas para quem a família brasileira (expressão dele) não terá pudor de torcer. A favor, claro.
Carneiro nega peremptoriamente que Nina seja uma personagem em busca de vingança. Enfatiza que todo o mal que a mocinha cheia de ódio fizer contra a vilania de Carminha atende pelo legítimo nome de Justiça.
Malu Fontes é jornalista, doutora em Comunicação e Cultura e professora da Facom-UFBA. Texto publicado originalmente em 07 de abril de 2012, no jornal A Tarde, Caderno 2, p. 05, Salvador/BA.

O que aconteceria se a revista Veja fosse inglesa?

Na Inglaterra, um escândalo semelhante, mas menos grave do que o esquema Cachoeira-Veja, já provocou prisões, o fechamento de um jornal, demissões e até a renúncia de James Murdoch, filho do maior magnata da mídia global; no Brasil, há um pacto de silêncio em torno de Roberto Civita
Em julho do ano passado, a Inglaterra foi palco de um dos maiores escândalos de mídia em todos os tempos, quando se descobriu que um jornal do magnata australiano Rupert Murdoch, o News of the World, mantinha um esquema de pagamento de propinas a membros da Scotland Yard para ter acesso exclusivo a grampos telefônicos e investigações policiais. Desta maneira, o tabloide publicava furos de reportagem relacionados a celebridades e membros da família real, além de pessoas comuns. Até vítimas do ataque terrorista a uma estação de metrô tiveram suas ligações interceptadas por jornalistas do News of the World, com a conivência dos policiais.
O escândalo provocou consequências drásticas tanto na mídia como na área pública. Rupert Murdoch fechou o jornal, publicou um anúncio de página inteira pedindo desculpas pela postura antiética e se viu forçado a demitir vários executivos. Três dias atrás, seu filho, James Murdoch, também renunciou ao cargo de presidente da BSkyB, um dos principais grupos de mídia da Inglaterra, para não prejudicar as investigações. E o premiê David Cameron também demitiu autoridades da área de segurança pública. Em função do escândalo, Murdoch hoje responde a processos tanto nos Estados Unidos como no Reino Unido.
Do lado de baixo da linha do Equador, a revista Veja protagoniza um escândalo que guarda semelhanças com o do News of the World, mas é mais grave. Na Inglaterra, a aliança do veículo de comunicação se dava com policiais. No Brasil, o pacto se deu com um dos maiores contraventores do País, o bicheiro Carlos Cachoeira, que pretendia legalizar o jogo em todo o País.
Nesta parceria, que durou mais de uma década, Veja publicou diversos “furos” de reportagem fornecidos pelo bicheiro. Num grampo, Cachoeira chegou a se jactar de, através de Veja, ter derrubado vários corruptos. “Tudo via Policarpo”, disse ele, referindo-se ao jornalista Policarpo Júnior, diretor da sucursal brasiliense da revista Veja. E ambos trocaram várias ligações telefônicas, captadas pela Operação Monte Carlo (leia mais aqui).
Com as informações já disponíveis, surgem indícios cada vez mais consistentes de que Cachoeira produziu diversos vídeos ilegais utilizados pela revista Veja. O mais recente seria o do Hotel Naoum, em Brasília, onde o ex-ministro José Dirceu se encontrou com o ministro Fernando Pimentel, do Desenvolvimento, e com o ex-presidente da Petrobras, José Sergio Gabrielli. As imagens realizadas, segundo o inquérito policial, não eram do circuito interno do hotel, mas sim de equipamentos de espionagem privados.
Silêncio absoluto
Até agora, Veja tem preferido varrer o assunto para debaixo do tapete, apostando que tudo cairá no esquecimento. No Congresso, o único parlamentar a se manifestar sobre o caso foi o deputado Fernando Ferro (PT/PE), que defende a CPI sobre a Operação Monte Carlo e um capítulo dedicado à associação de Veja com o crime organizado.
Nas últimas semanas, o 247 tentou obter uma posição da Abril, da revista Veja e do próprio jornalista Policarpo Júnior sobre a parceria com Cachoeira. Todos se omitiram. O único que falou pela Editora Abril foi o blogueiro Reinaldo Azevedo, que exaltou a conduta de Veja, afirmando que as reportagens de Veja, independentemente dos métodos, pouparam alguns milhões aos cofres públicos. Se é assim, temos argumentado, no 247, que Cachoeira deveria ser solto, condecorado e nomeado diretor-geral da Polícia Federal. Afinal, se faz tão bem ao País...
No entanto, se a revista Veja fosse publicada na Inglaterra, as cobranças seriam muito maiores. Lá, onde se preza o conceito de accountability, ou seja, de todos que prestem contas por seus atos, o silêncio não seria uma alternativa possível. A esta altura, Roberto Civita já estaria sendo convocado a prestar explicações.

Chuva deixa cinco pessoas mortas e 15 feridas em Teresópolis (RJ)

As chuvas que atingiram a cidade de Teresópolis (RJ) na noite desta sexta-feira (06), deixaram cinco pessoas mortas e 15 feridas. Segundo a Defesa Civil, os mortos na tragédia são Joice Rosa, de 16 anos, do bairro Quinta Lebrão; Jaílson Cunha, de 26 anos, do Pimentel; Keila Pires, de 26 anos; Maria Helena, de 56 anos, do Bom Retiro, e Rosângela Moraes, de 42 anos, de Santa Cecília.
Ainda segundo a Defesa Civil, os desabrigados são dos bairros Perpétuo, Pimentel, Rosário, Quinta Lebrão, São Pedro e Vale da Revolta. A Prefeitura de Teresópolis informou que há um desaparecido no bairro Ermitage.
A rodovia Rio-Teresópolis chegou a ficar totalmente fechada às 20h por causa da forte chuva, entre o km 104 e o km 89, mas foi liberada 3 horas depois.

Briga entre vizinhos termina em morte em Campina Verde (MG)

Uma briga envolvendo três vizinhos de uma república em Campina Verde (a 675 km de Belo Horizonte) terminou em morte na noite desta sexta-feira (06). De acordo com a Polícia Civil, um jovem de 24 anos morreu após ser atingido por facadas nas costas e no peito. Além de pedreiro, ele era funcionário de um frigorífico e colega de trabalho dos suspeitos de envolvimento na morte.
A polícia suspeita que a briga tenha sido motivada pelo uso de drogas. Segundo informações da delegacia de Campina Verde, a vítima, que morava sozinha, já teve objetos da casa furtados por um dos suspeitos, que é usuário de drogas e mora em uma república em frente à residência da vítima.
Ontem, o suspeito tentou invadir novamente a casa da vítima. Um terceiro homem entrou na briga e acabou se envolvendo na morte, segundo a polícia. Os investigadores já tem a identidade dos suspeitos e estão procurando por eles. A polícia, no entanto, não quis divulgar os nomes.
A vítima foi levada ao IML (Instituto Médico Legal) da cidade de Frutal (a 600 km de Belo Horizonte). Segundo a polícia, a família dele, que é do Maranhão, deve retirar o corpo para fazer o enterro no Nordeste.

O ator Thiago Klimeck se enforca acidentalmente durante encenação da Paixão de Cristo em SP

O ator Thiago Klimeck, de 27 anos, que interpretava Judas Iscariotes, se enforcou acidentalmente durante a encenação da Paixão de Cristo em Itararé (a 345 km de São Paulo), na noite desta sexta-feira (06). Segundo a polícia, Thiago saltou de uma cadeira, simulando o enforcamento do personagem.
Ainda segundo a polícia, o cordão do colete de segurança estaria frouxo e subiu ao pescoço quando ele saltou, asfixiando-o. Thiago ficou pendurado e desacordado durante quatro minutos, sem se mexer. Ele foi socorrido na Santa Casa de Misericódia e transferido na tarde do dia 07 para a Santa Casa de Itapeva (São Paulo), onde está internado na UTI (Unidade de Terapia Intensiva). O estado dele é gravíssimo, segundo o hospital. O caso será investigado pela Polícia Civil.

Amélia Rodrigues está na lista do leilão bilionário de Lily Safra

Parte do dinheiro arrecadado com o leilão de joias da bilionária gaúcha Lily Safra, viúva do banqueiro judeu libanês Edmond Safra, será destinado ao município de Amélia Rodrigues (a 80 km de Salvador). A cidade baiana, com 25 mil habitantes, é a única brasileira que aparece na lista das instituições que receberá o dinheiro do pregão milionário, que será realizado no dia 14 de maio em Genebra pela casa de leilões Christie's.
A famosa coleção de 70 peças está estimada em mais de US$ 20 milhões (15,2 milhões de euros). Entre os escolhidos do leilão beneficente, estão a Elton John Aids Foundation, em Londres, o Claude Pompidou Institute for Alzheimer's Disease, na França, e a Hopes and Home for Children in Romania.
O programa contemplado no Brasil é o Parceiro da Natureza, desenvolvido pela SuperBAC Proteção Ambiental, empresa paulista de soluções em biotecnologia, com o objetivo de promover a sustentabilidade nos processos produtivos das áreas do agronegócio, saneamento, energia, biorremediação e varejo.
A empresa escolheu Amélia Rodrigues para o projeto piloto de uma nova tecnologia de tratamento da água que é descartada nas residências, por ralos e vasos sanitários. O prefeito Antonio Carlos Paim Cardoso disse que "o município não tem nenhuma cobertura de saneamento básico".

Homem incendeia a casa de ex-mulher em Brumado (BA)

O ex-presidiário Ubirajara de Jesus Damasceno, de 52 anos, ateou fogo na casa da ex-mulher em Brumado (a 654 km de Salvador), na manhã desta sexta-feira (06). A identidade da mulher não foi divulgada pela polícia.
Segundo o Corpo de Bombeiros, o incêndio destruiu o telhado, os móveis, eletrodomésticos, todas as roupas dos três filhos do casal e parte dos dois cômodos da casa. As paredes ficaram rachadas e duas casas vizinhas ficaram danificadas, segundo os bombeiros.
O delegado titular de Brumado, Nilo Ebrahim Bonfim, disse que "Ubirajara estava inconformado com o fim do relacionamento". Segundo Damasceno, Ubirajara esteve preso por cinco meses no presídio de Jequié, cumprindo pena por envolvimento no tráfico de drogas, e estava em liberdade há um mês.
Ubirajara havia ameaçado a ex-mulher de morte no início de março, quando foi até a antiga casa do casal e disparou cerca de seis tiros para o alto, segundo o delegado. Na ocasião, sua ex-companheira prestou queixa na delegacia do município, e foi morar com os filhos na casa da mãe, porque estava com medo.
Ubirajara fugiu, mas foi localizado pela polícia e encontra-se custodiado na carceragem na delegacia de Brumado, à disposição da Justiça.