sexta-feira, 13 de julho de 2012

Funcionário do Hiper BomPreço é morto a tiros em estacionamento da loja no Cabula

O embalador André Luis Santana dos Santos, funcionário do supermercado Hiper BomPreço do Cabula, foi morto a tiros na noite desta sexta-feira (13), no estacionamento do supermercado, na rua Silveira Martins. O crime aconteceu por volta das 19h10, quando dois homens que chegaram em duas motos se aproximaram do vendedor e dispararam cinco vezes nas costas.
Em seguida, os criminosos fugiram com outros dois bandidos que aguardavam por eles nas motos. Policiais da 23ª Companhia Independente da Polícia Militar (CIMP/Tancredo Neves) ouviram os tiros, correram para o local e cercaram os bandidos. Houve troca de tiros. Um dos suspeitos, Dihego Saldanha, de 30 anos, foi baleado nas pernas e socorrido no Hospital Roberto Santos. O outro, Elivelton Néris de Oliveira, foi detido e encaminhado para a 11ª Delegacia (Tancredo Neves). Os outros dois conseguiram fugir.
Ainda não há suspeitas sobre a motivação do crime. A polícia descarta a possibilidade de latrocínio (roubo seguido de morte). O crime será investigado pelo DHPP (Departamento de Homicídio e Proteção à Pessoa).

Ladrão invade prédio e agride morador nos Barris

Um homem ainda não identificado invadiu o edifício Regina, na rua Rockfeller, nos Barris, e agrediu um morador após tentar assaltar o apartamento da vítima na manhã desta quinta-feira (12), segundo a polícia. O nome e a idade da vítima não foram divulgados.
De acordo com a 1ª Delegacia (Barris), o bandido estava armado com cacos de vidro e arrombou a porta do imóvel com um pé de cabra. A vítima contou à polícia que o assaltante tentou roubar uma carteira que estava sobre uma mesa, mas foi impedido pelo morador, que lutou com o bandido.
O morador foi ferido com um corte profundo na mão. Segundo a polícia, ao ver o homem ferido, o criminoso fugiu. O morador foi socorrido no HGE (Hospital Geral do Estado) e teve alta na manhã desta sexta-fira (13).

A bronca de Caetano Veloso

A primeira etapa do Shopping Bela Vista foi inaugurada na noite desta quinta-feira (12), na capital baiana, com a presença de investidores, lojistas e políticos. A festa incluiu um show do cantor e compositor Caetano Veloso, acompanhado do grupo de sopro do Neojibá (Núcleos Estaduais de Orquestras Juvenis e Infantis da Bahia). Realizado em uma das praças internas do shopping, o espetáculo foi prejudicado pela acústica do ambiente.
Após a terceira música, Caetano reclamou: fez a ressalva de que o local projetava os ruídos, mas isso porque as pessoas não paravam de falar. "O local reverbera o som, mas com educação se resolve", sugeriu.
"Vocês estão falando muito e quase não ouviram a Neojibá, uma das grandes novidades que temos na Bahia". Após a bronca, ele seguiu em frente e cantou vários dos seus clássicos, motivou a plateia a cantar e terminou em harmonia com os fãs. Texto publicado originalmente em 13 de julho de 2012, no site Bahia Toda Hora.

Homem é encontrado morto dentro de carro em Arembepe (BA)

Um homem ainda não identificado, com idade entre 30 e 35 anos, foi encontrado morto a tiros na manhã desta sexta-feira (13) dentro de um Celta prata (a placa não foi divulgada) em Arembepe (a 50 km de Salvador), região metropolitana de Salvador. De acordo com a 59ª Companhia Independente da Polícia Militar (CIPM/Vila de Abrantes), foram disparados ao menos oito tiros.
A Polícia Militar (PM) informou que por volta das 6h30, moradores da região avistaram um carro com um corpo dentro, na Rua das Flores, próximo à pousada Cores do Mar, e ligaram para o telefone 190. Quando os policiais chegaram ao local, encontraram o homem no banco da frente do carro. As circunstâncias do crime ainda são desconhecidas.
Policiais da 59ª CIPM estão no local e informaram que diversas cápsulas estão no interior do veículo e ao redor dele. O caso será investigado pelo DHPP (Departamento de Proteção à Pessoa). O corpo será encaminhado para o DPT (Departamento de Polícia Técnica).

Nelson Cadena: Implodir o Centro de Convenções

Muita areia para nosso caminhão. Foi esse o sentimento que tive ao visitar a badalada Feira Internacional do Chocolate recém-realizada, em espaço acanhado, diga-se de passagem. O que era para ser um grande evento transformou-se num inferno, um desconforto total para milhares de baianos, iludidos como eu de que podemos participar, visitar feiras temáticas, ou de negócios, curtir um programa em família de fim de semana. Impossível!
A verdade é que em Salvador armengamos eventos porque não temos equipamentos adequados para essa finalidade, e o Centro de Convenções é, de todos eles, com certeza, o menos funcional. Está na hora de pensar soluções radicais, ou então empurrar os problemas com a barriga, anos e anos, e continuarmos a conviver com a ideia de um espaço em permanente estado de sucata, para desgosto e contratempo dos usuários.
Há mais de 30 anos que não se constrói nesta terra um espaço decente para sediar eventos e os que temos (Centro de Convenções, Parque de Exposições e os finados Aeroclube e Parque Aquático) não atendem a atual demanda e vivem um estágio de decadência acentuada.
O Parque de Exposições ainda tem jeito, mas o Centro de Convenções não. Seria necessário um investimento, imagino, de algumas dezenas de milhões de reais, apenas para reformar, sem nenhuma proposta de ampliação, o que esta aí: uma estrutura carcomida com ferrugem exposta em todos os níveis, vidros das escadas de emergência eternamente quebrados, escadas rolantes do tempo da onça permanentemente quebradas, ar-condicionado subdimensionado, espaços envelhecidos e sucateados, goteiras por toda parte, falta de elevadores, banheiros sem condições de uso, estacionamentos sem conservação, nem a grama é aparada, e um serviço que não vamos aqui descrever. Quem frequenta feiras e formaturas sabe do que estou falando.
De coração aberto, me parece que a solução para o Centro de Convenções é colocar abaixo o equipamento. Implodir mesmo. E construir outro no mesmo local, ou em área menos exposta ao salitre e de manutenção menos onerosa, mais funcional e menos elefante branco.
Quem sabe através de uma parceria público-privada? Parece uma proposta radical, mas se você refletir direito verá que não há outra alternativa. Ou o Estado faz uma plástica e uma lipo no equipamento de dez em dez anos, a um custo-beneficio de bolso furado, expondo a monstruosidade dos remendos (o tempo é inclemente), ou bota abaixo mesmo o que tem. Assume o ônus da iniciativa e as críticas da mídia, que vai cair matando, mas resolve de uma vez por todas. Um dia isso terá de ser feito, por que não agora que chegamos a um ponto crítico? Sem solução à vista, nem a perder de vista.
O Centro de Convenções já foi bonitinho e ordinário. Hoje é feio e ordinário. Já foi uma referência de moderna arquitetura, plantado em frente à praia, com dunas em volta e o mar da Baía de Todos os Santos como moldura. Acho que seus idealizadores pecaram na escolha dos materiais; não sei se não havia outras opções na época, ou não atendiam o projeto arquitetônico de vanguarda que o inspirou.
Hoje é o quê? Uma sucata velha, desconfortável, arrodeada de prédios, sem nenhuma condição de sediar eventos para o grande público. E sem nenhum valor histórico. E a sua manutenção do jeito que está só compromete o turismo de negócios, que tende a se esvaziar. Vamos tirar as fotografias de direito, fazer um book bonitinho, com fotoshop à altura, para um dia contarmos a sua história e encerrar de vez esse capítulo, implodindo o edifício e partindo para outra. Os baianos e turistas só têm a agradecer. Texto publicado originalmente em 13 de julho de 2012, no jornal Correio da Bahia.