quinta-feira, 31 de março de 2011

Ex-presidiário é assassinado em Feira de Santana

O ex-presidiário Jailson Silva Pinto, de 33 anos, foi assassinado com vários tiros, por volta das 16h30 desta quinta-feira (31), na rua Marechal Deodoro, em frente ao hiper mercado G. Barbosa, em Feira de Santana (109 km de Salvador). Segundo informações da polícia, dois homens ñão identificados chegaram em uma moto e dispararam os tiros contra Jailson. O ex-presidiário havia cumprido pena de dez anos por assalto no Conjunto Penal de Feira de Santana, e teve sua liberdade concedida ontem (30). Jailson trabalhava como vendedor autônomo de CDs e DVDS pirateados em um barraca em frente ao G. Barbosa.

Espanhol que matou taxista é condenado a 30 anos de prisão em regime fechado

Foto de Marina Silva
O espanhol Francisco Ramiro Ferreiro Espasandim, de 52 anos, que matou o taxista baiano Zigomar Albuquerque do Sacramento, pai de oito filhos, sentou no banco dos réus hoje (31), 26 anos após o crime, julgado na 2ª Vara Privativa do Tribunal do Júri em Salvador, por homicídio triplamente qualificado (motivo torpe, meio cruel e emprego de recurso que impossibilitou a defesa da vítima), e foi condenado a 30 anos de prisão em regime fechado.
O julgamento durou cerca de onze horas - e acabou em meio à comoção da plateia e de familiares da vítima. A defesa de Francisco Ramiro Ferreiro Espasandim pode recorrer da decisão, mas ele terá que aguardar qualquer recurso preso.
O júri foi presidido pelo juiz José Vilebaldo Freitas Pereira, e a acusação ficou a cargo dos promotores de Justiça Antônio Luciano Assis e Davi Gallo Barouh.
Francisco Ramiro Ferreiro Espasandim tem um tipo de personalidade violenta, perversa e extremamente agressiva. Esse foi o entendimento do juiz José Vilebaldo Freitas Pereira, na sentença proferida por ele.
Zigomar foi morto por espancamento e a pauladas, por Francisco Espasadim e Isauro Pazos Gerpe, de 63 anos, também espanhol, no dia 30 de setembro de 1984, no apartamento nº 315 do motel Vips, onde os criminosos eram gerentes. Com a repercussão da morte de Zigomar, o motel passou a ser denominado de Luar motel.
A prisão preventiva dos gerentes do motel foi decretada em 10 de outubro de 1984, mas eles fugiram. Francisco ficou foragido por mais de vinte anos, até dezembro de 2008, quando foi preso pela Interpol no aeroporto internacional do Rio de Janeiro, tentando embarcar para a Espanha. Encaminhado para a cela da Polinter do Estado da Bahia, o assassino ficou até o julgamento.
Isauro Pazos Gerpe continua foragido, mas o processo contra ele permanece tramitando, segundo a Promotoria.
Há 26 anos, por trás das paredes do motel Vips, um crime bárbaro foi cometido por dois monstros - Francisco Ramiro Ferreiro Espasandim e Isauro Pazos Gerpe -, no apartamento nº 315. Zigomar saiu de Candeias (70 km de Salvador) com sua mulher, Edina Sacramento, para comemorar o aniversário de casamento, e foi brutalmente assassinado na presença da mulher.
Por volta das 14h30, o casal queria sair, mas foi impedido por Francisco Espasadim e Isauro Gerpe, que chegaram ao apartamento furiosos, em razão de o rapaz desenhar a letra “Z” de Zigomar em umas das paredes do quarto, utilizando o batom da mulher, como símbolo do seu amor - um tipo de manifestação natural naquela época.
Isauro Gerpe desferiu golpes com pedaços de madeira contra Zigomar, atingindo-o na cabeça e nos ombros. Mesmo ferido, o taxista conseguiu correr para o corredor do motel, mas foi perseguido por Francisco Espasadim, que disparou um tiro contra Zigomar, mas não conseguiu atingi-lo.
Os acusados arrastaram Zigomar para o apartamento e trancaram-no, dando início ao brutal assassinato, na presença camareira, de um garçom e do cozinheiro do motel, que foram obrigados pelos gerentes a ficar no local.
Edina foi levada pelos gerentes para o escritório do motel, onde foi espancada por eles, que deixaram-na trancada e retornaram ao apartamento para concluir o crime.
Zigomar chegou a oferecer seu carro e cheques assinados em branco aos gerentes, em pagamento pelo que escreveu na parede, para que poupassem a sua vida, mas foi espancado e torturado até as 17h30, quando não resistiu aos ferimentos.
Quando os criminosos constataram que Zigomar estava morto, eles foram ao escritório onde Edina Sacramento estava trancada, e levaram a mulher da vítima para um depósito de bebidas do motel, deixando-a novamente trancada e retornaram ao apartamento onde estava o corpo do taxista.
Os assassinos colocaram o corpo de Zigomar no porta-malas do carro da vítima e abandonaram o cadáver em um terreno em Itinga, Lauro de Freitas, e retornaram ao motel. A mulher da vítima, que continuava trancada no depósito de bebidas do motel, foi libertada por Isauro, por volta das 19h, e foi informada que seu marido estava em uma delegacia próxima dali.

Químico da Unicamp é acusado de fraudar 11 estudos científicos

Professor é um dos principais cientistas da universidade e também membro da Academia Brasileira de Ciências
Uma investigação internacional apontou fraude em 11 artigos científicos de um respeitado professor titular de química da Unicamp. Tudo indica que se trata da denúncia mais séria de má conduta científica da história da ciência brasileira, apesar da escassez de levantamentos sobre o tema. Em geral, os casos envolvem plágio, e não invenção de resultados. Os trabalhos que conteriam fraude saíram em várias revistas científicas da Elsevier, multinacional que é a maior editora de periódicos acadêmicos do mundo.
Os estudos da Unicamp foram retratados (ou seja, "despublicados", não tendo mais validade para a comunidade científica). A Elsevier afirmou que os sinais de manipulação são "conclusivos". Claudio Airoldi, de 68 anos, é um dos pesquisadores mais experientes da Unicamp: está na universidade paulista desde 1968.
No topo
Na classificação do CNPq (Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico, principal órgão federal a financiar ciência no país), ele é bolsista de produtividade nível 1A, o mais elevado, e membro da Academia Brasileira de Ciências. É o associado nº 17 da Sociedade Brasileira de Química.
Ele teria falsificado imagens de ressonância magnética que servem para estudar características de novas moléculas. Um dos artigos dizia que uma delas delas, por exemplo, tinha uma estrutura que serviria para absorver metais tóxicos da água. Os trabalhos foram publicados entre 2008 e 2010 em colaboração com um aluno de pós-graduação, Denis Guerra, hoje professor adjunto na Universidade Federal de Mato Grosso.
A Elsevier diz que o procedimento de investigação envolveu três cientistas revisores independentes, e que todos eles concluíram que "estava claro que os resultados tinham sido manipulados". A editora diz ter pedido e recebido uma defesa dos cientistas brasileiros, mas, segundo ela, o material enviado não prova nada. "Estava previsto que algo assim ia acontecer. Ia ser muito difícil segurar isso porque a pressão para publicar é muito grande e existe leniência em relação a esse comportamento", diz Sílvio Salinas, físico da USP que segue de perto os casos de má conduta científica no país.
De fato, diferentemente dos Estados Unidos, que contam com uma agência federal para investigar casos assim, o Brasil deixa o acompanhamento dos casos e possíveis punições nas mãos das instituições onde ocorrem. Não existem estatísticas consolidadas sobre o tema por aqui. Mas, num clima de competição científica acirrada e globalizada, com pesquisadores cada vez mais pressionados para mostrar sua produção em números, mais casos são esperados.
Nos próprios EUA, em 16 anos as fraudes científicas cresceram 161%. Em países como China e Brasil, onde a publicação bruta de artigos científicos tem crescido muito sem que a qualidade acompanhe esse ritmo, o fenômeno deve aparecer mais.
"As universidades e as agências de fomento precisam tomar providências quanto a isso. Nunca tinha tido conhecimento sobre algo dessa dimensão no Brasil - a ordem de grandeza é similar a casos de fraude que ocorrem na China", diz Salinas.
A Unicamp instaurou uma sindicância interna para apurar o caso. Segundo a universidade, ela deve ser concluída em 30 dias.

Júri popular decide hoje se espanhol acusado de ter matado taxista há 27 anos será condenado

Começou nesta quinta-feira (31), às 8h30, na 2ª Vara Privativa do Júri, o julgamento do espanhol Francisco Ramiro Ferreiro Espasadim, de 52 anos, um dos dois acusados de matar o taxista Zigomar Albuquerque do Sacramento, no motel Vips, em Lauro de Freitas, região metropolitana de Salvador.
O crime ocorreu no dia 30 de setembro de 1984, no apartamento nº 315 do motel Vips, onde Espasadim e o outro acusado - Isauro Pazos Gerpe, de 63 anos, também espanhol - eram gerentes. Zigomar, pai de oito filhos, foi morto a pauladas e por espancamento.
Segundo a denúncia do Ministério Público, o crime foi cometido pelos dois gerentes e teria sido motivado por um rabisco feito pela vítima na parede do apartamento do motel. Zigomar teria escrito a palavra “Zigom” e a letra “Z”.
Prisão preventiva - No dia 10 de outubro de 1984, foi decretada a prisão preventiva dos acusados, mas eles fugiram. Em dezembro de 2008, 24 anos depois do crime, Francisco Ramiro foi preso no aeroporto internacional do Rio de Janeiro, quando tentava embarcar para a Espanha. Já Isauro Gerpe, continua foragido, mas o processo contra ele permanece tramitando, segundo a Promotoria.
Francisco Ramiro será julgado por homicídio triplamente qualificado (por motivo torpe, meio cruel e emprego de recurso que causou sofrimento à vítima, e impossibilitou-a de defesa), que tem pena prevista de 12 a 30 anos de prisão.
O júri será presidido pelo juiz José Vilebaldo Freitas Pereira, e a acusação será representada pelos promotores de Justiça Antônio Luciano Assis e Davi Gallo Barouh.
O crime
O crime aconteceu há 27 anos, no dia 30 de setembro de 1984, no apartamento nº 315 do motel Vips, onde Zigomar foi friamente assassinado na presença de sua mulher, Edina Sacramento, com quem estava comemorando o 20º aniversário de casamento.
Por volta das 14h30, quando o casal pretendia sair, foi impedido por Francisco Espasadim e Isauro Gerpe, que chegaram ao apartamento após serem informados por uma camareira, que na parede do apartamento estavam escritas a palavra “Zigom” e a letra “Z”.
Isauro Gerpe desferiu golpes com pedaços de madeira contra Zigomar, atingindo-o na cabeça e nos ombros. Mesmo ferido, o taxista conseguiu correr para o corredor do motel, mas foi perseguido por Francisco Espasadim, que disparou um tiro contra Zigomar, mas não conseguiu atingi-lo.
Os acusados arrastaram Zigomar para o apartamento e trancaram-no, dando início ao brutal assassinato, na presença camareira, de um garçom e do cozinheiro do motel, que foram obrigados pelos gerentes a ficar no local.
A mulher de Zigomar foi levada pelos gerentes para o escritório do motel, onde foi espancada por eles, que deixaram-na trancada e retornaram ao apartamento para concluir o crime. Zigomar chegou a oferecer seu carro e cheques assinados em branco aos gerentes, em pagamento pelo que escreveu na parede, para que poupassem a sua vida, mas foi espancado e torturado até as 17h30, quando não resistiu aos ferimentos.
Quando os acusados constataram que Zigomar estava morto, eles foram ao escritório onde Edina Sacramento estava trancada, e levaram a mulher da vítima para um depósito de bebidas do motel, deixando-a novamente trancada e retornaram ao apartamento onde estava o corpo do taxista.
Os acusados colocaram o corpo de Zigomar no porta-malas do carro da vítima e abandonaram o cadáver em um terreno em Itinga, Lauro de Freitas, e retornaram ao motel. A mulher da vítima, que continuava trancada no depósito de bebidas do motel, foi libertada por Isauro, por volta das 19h, e foi informada que seu marido estava em uma delegacia próxima dali.