segunda-feira, 14 de março de 2011

Polícia Rodoviária Federal apreende uma tonelada de queijo irregular na BR-324

Agentes do Grupo Tático Operacional da Delegacia da Polícia Rodoviária Federal (PRF) de Simões Filho, na região metropolitana de Salvador, apreenderam uma tonelada de queijo em situação irregular na BR-324, na manhã desta segunda-feira (14). O queijo estava armazenado no compartimento de carga de um veículo Saveiro, placa JPQ 8814.
De acordo com a PRF, produto seguia de Riachão do Jacuípe para Salvador, e a carga não tinha nota fiscal de procedência e não estava refrigerada. O motorista do caminhão, Edivan de Almeida da Silva, de 39 anos, foi autuado e o produto foi enviado para a Agência Estadual de Defesa Agropecuária da Bahia, onde será incinerado.

Homem é morto a facadas na Suburbana

Um homem não identificado foi achado morto com várias facadas na região da cabeça na noite desta segunda-feira (14) em Itacaranha, na Suburbana, em Salvador. Segundo informações da Superintendência de Telecomunicações das Polícias Civil e Militar (Stelecom), a vítima foi socorrida e encaminhada para o Hospital do Subúrbio, mas não resistiu aos ferimentos e morreu.
O caso foi registrado na 5ª Delegacia de Polícia (Periperi), em Salvador. De acordo com a polícia, não há pistas do assassino.

Homem morre baleado na Ilha de Itaparica

Antonio Carlos de Jesus, de 34 anos, morreu após ser baleado na Ilha de Itaparica na manhã desta segunda-feira (14). Segundo a polícia, ele foi baleado em diversas partes do corpo e chegou a ser socorrido ao pronto-socorro do Hospital de Itaparica, mas não resistiu. O caso é investigado pela 19ª Delegacia de Polícia, em Itaparica. Não há informações sobre o motivo ou autoria do crime.

Dois assaltantes são presos com armas e cocaína no Rio Vermelho

Os assaltantes Cleber dos Santos Freire, de 34 anos, conhecido por “Clebinho” ou “Belo”, e Bartolomeu César dos Santos, de 46 anos, foram presos sob suspeita de serem os responsáveis por seis pedras de cocaína, um fuzil, uma pistola, dois revólveres, munições, um colete balístico, dois telefones celulares e três chips apreendidos na Rua da Arábia, na Chapada do Rio Vermelho, em Salvador, no domingo (13).
De acordo com informações da polícia, Cleber saiu recentemente do Presídio Salvador, onde cumpria pena de nove anos por assalto. Segundo informações da Secretaria de Segurança Pública (SSP), a prisão ocorreu durante uma abordagem da Polícia Militar, quando eles trafegavam em um carro roubado - Ford Focus Hatch, de cor branca -, na Rua da Arábia.
A PM informou que o veículo foi roubado por Cleber e Bartolomeu durante um assalto na sexta-feira (11) na Rua Amargosa, Jardim Brasília, no bairro de Pernambués, em Salvador.
Os suspeitos foram levados à Delegacia de Repressão a Furtos e Roubos (DRFR), no Complexo Policial da Baixa do Fiscal. Investigadores da DRFR localizaram o proprietário do veículo, que reconheceu Cleber e Bartolomeu como os autores do assalto.

Assessor do deputado Jutahy Magalhães Júnior (PSDB-BA) é morto a pedradas em Vitória da Conquista

Marionaldo Santos da Silva, de 41 anos, assessor do deputado federal Jutahy Junior (PSDB-BA), foi encontrado morto na madrugada deste domingo (13), no bairro Alton Maron, na periferia do município de Vitória da Conquista (a 511 km de Salvador). Segundo informações da polícia, o corpo de Marionaldo foi encontrado com ferimentos na cabeça, com marcas de pedradas e pauladas.
Silva foi um dos fundadores do PSDB em Vitória da Conquista e trabalhava na 20ª Diretoria Regional de Saúde. Ele atuava junto à comunidade da região representando o deputado federal há mais de dez anos.
A Polícia Civil da Bahia, que abriu um inquérito para apurar o crime, diz ter dois suspeitos de participação no crime, em duas linhas diferentes de investigação, mas não divulgou outros detalhes. O deputado Jutahy Júnior está em viagem aos EUA, e até a tarde desta segunda-feira (14), não havia emitido nenhuma nota sobre o caso. Já o deputado federal e presidente do PSDB baiano, Antonio Imbassahy, afirmou em nota que espera "que a elucidação dos fatos ocorra nas próximas horas, inclusive para levar um pouco de alento à família de Marionaldo, que está arrasada com toda essa violência", e classificou o crime como "bárbaro".
O assessor foi enterrado na tarde deste domingo, no cemitério da Saudade.

Horas de espera saltando pocinhas

Teleanálise
Malu Fontes
O marketing tem, sim, o poder de matar ou fazer explodir positivamente um jeito de se fazer Carnaval em Salvador. O debate é velho, mas não mais velho que a repetição das mesmas imagens, dos mesmos enquadramentos que, durante uma semana, se vê, com raras exceções, em todas as emissoras locais de TV. Algumas dessas emissoras reivindicam para si e suas crias um protagonismo maior do que o da própria festa em si. E quando acha-se que já se viu tudo o que poderia haver de pior, eis que alguma transmissão vai ao ar para provar que tudo sempre pode piorar. Este ano a piora foi o caso da mocinha Lola Melnick (ucraniana, dizem), uma espécie de cover estéril da recém-falecida condessa Carola Scarpa (que Deus a tenha!). A curvilínea calipígia foi enviada pela emissora de Sílvio Santos para matar de vergonha os profissionais locais do jornalismo da TV Aratu, retransmissora do SBT em Salvador.
BAÚ – Acompanhada da de um Tiririca Cover, acometido do auto-engano trágico de achar-se engraçado, e de outro menino topetudo e sempre enfiado num colete, com cara de quem foi criado num playground paulistano tomando Toddy, Lola parecia ter desembarcado de Marte direto no estúdio do Homem do Baú. Como se diz, quanto mais envelhece, mais Sílvio Santos faz seu público de imbecil. Mas é fato que este, o público, parece ficar muito contente neste lugar de iôiô. Cada fala de um dos integrantes nacionais do trio escalado para transmitir o Carnaval de Salvador dava a Casemiro Neto, Zé Bim e Léo do Pida, os responsáveis locais pela transmissão, um ar de sábios consultores carnavalescos importados da Biblioteca de Alexandria ou de hábeis e críveis redatores da Wikipédia.
Lola é uma dessas moças que aparecem na televisão, um monte de gente já viu seu rosto pelo menos uma vez na vida, mas ninguém sabe dizer quem ela é muito menos o que ela faz e do que ela vive. E isso nunca vai mudar. A ucraniana tem uma aparência inesquecível, pois remete imediatamente à impressão de alguém que extirpou meia dúzia de costelas para se transformar numa cintura com vida própria, assentada sobre quadris desproporcionais encapsulados em saias mais justas que as leis divinas. Outra característica da moça é que, se perguntada sobre qualquer questão prosaica sobre Salvador, Beirute, Apucarana, Tremembé ou a revolta na Líbia, por exemplo, ela provavelmente emitirá os mesmos ruídos sonoros, nenhum com sentido. Até ao concorrente Faustão a moça se referiu no domingo de Carnaval. Não, não foi por ousadia ou risco criativo, não, mas por falta de noção mesmo.
DINOSSAUROS - É fato que o Carnaval de Salvador divide-se em três e que apenas uma dessas modalidades dá as cartas do negócio quando se trata de ganhar dinheiro, gerar lucro, tornar escancarado o sorriso de donos de blocos e de hotéis e os representantes políticos que estão no mundo para, basicamente, fazer essa holding de gente cada vez mais feliz. Afora esse Carnaval, há os últimos estertores do povo teimoso que insiste em dar vida às manifestações populares, que se recusa a deixá-las ser dizimadas como foram os dinossauros e que cria o Circuito Caramuru, enche o Pelourinho de gente e dá vida e fôlego à Mudança do Garcia. E, por último e em muito maior quantidade, o povo que, com uma paciência de gado e saltitando entre uma pocinha e outra do mijo que escorre caudaloso por todo o circuito vip, se submete a esperar coisa de horas para dar uns pulinhos animadérrimos com alguma das estrelas coroadas da festa. E aqui merece aplausos quem, de um jeito ou de outro, é um dos abençoados do deus-mercado e não dá uma banana para o povo que não pode pagar por um bloco de cordas. Nunca será demais incentivar quem tem fama, talento, poder e prestígio e toca e canta sem cordas no carnaval, um dia que seja.
VAQUEIRO - A festa dos Camarotes, assim como sua transmissão pelas emissoras de TV, são extensões privilegiadas da festa vip dos blocos, mas têm uma outra função secundária. A partir deles, de dentro deles e somente do alto deles, é possível se ter uma ideia da “luta de classes coreografada” na terra do axé. Em Ondina, na rua interna que ladeia a Avenida Oceânica, vê-se um mar de gente a perder de vista, parado, posicionado, esperando o momento mágico em que o ídolo vai passar. A passagem dura poucos minutos, as pessoas se acabam de dançar, pular, sair do chão, jogar mãos para o alto, e também se acabam de brigar, bater e apanhar entre si, para se aquietarem de novo, passivos, como cordeiros sem cordas, esperando um novo vaqueiro passar, tangendo-os e à sua alegria programada e breve. E em 2012 tudo se repetirá de novo, do mesmo jeito, para o estado das coisas permanecer também o mesmo. Só muda se o marketing quiser. E este parece não querer.
Texto publicado originalmente em 13 de março de 2011, no jornal A Tarde, Salvador/BA. maluzes@gmail.com