quinta-feira, 7 de abril de 2011

Operação da Polícia Civil desarticula em Alagoinhas quadrilha de assalto a bancos

Delegado geral da Polícia Civil da Bahia, Hélio Jorge Oliveira Paixão
A Polícia Civil da Bahia prendeu na quarta-feira (06), em Alagoinhas (a 120 km de Salvador), quatro suspeitos de integrar uma quadrilha de roubo a bancos. Em coletiva à imprensa na tarde de hoje (07), na sede da Polícia Civil - na Piedade (centro de Salvador) -, a polícia informou que a operação é resultado de três meses de investigação, em que foram identificados os integrantes da organização.
A operação visa coibir assaltos a bancos no interior do estado, e envolve policiais civis e militares, incluindo equipes da Superintendência de Inteligência da Secretaria da Segurança Pública (SSP), e da Coordenadoria de Operações Especiais (COE) da Polícia Civil.
Durante a coletiva, a SSP apresentou os presos: Antônio Augusto Soares, conhecido como Conan, Paulo Xavier dos Santos, o Paulão, Adilson Moreira dos Santos, o Dicinho, e Bruno Santos Souza, conhecido como Bil. Outros dois suspeitos - Luciano Souza da Silva, o Brancão, e Amilton Pinto de Oliveira, o Mitchu - morreram durante uma troca de tiros.
Segundo a polícia, todos os acusados têm passagens pela polícia por roubo e tráfico de drogas. De acordo com o delegado-geral da Polícia Civil da Bahia, Hélio Jorge Oliveira Paixão, a quadrilha é responsável pelos assaltos nas agências do Banco do Brasil de Mairi (a 284 km de Salvador) e de Sátiro Dias (a 205 km de Salvador) no ano passado. Durante a operação foram apreendidos dois revólveres calibre 38, uma espingarda calibre 12, quatro metralhadoras municiadas, três pistolas, coletes a prova de balas, e munição.
Com a prisão da quadrilha, policiais evitaram um terceiro roubo que seria realizado na agência do Banco do Brasil, em Biritinga, segundo a polícia. “A quadrilha roubava bancos e veículos para angariar fundos e recursos destinados ao tráfico de drogas e compra de armas no interior e em Salvador. Conseguimos dar fim a isso com a atuação policial rigorosa e integrada”, afirmou o delegado-geral da Polícia Civil, Hélio Jorge Oliveira Paixão.

Wellington Menezes é psicopata?

O psicopata é como o gato, que não pensa no que o rato sente - se o rato tem família, se vai sofrer -, ele só pensa em comida. A vantagem do rato sobre as vítimas do psicopata é que ele sempre sabe quem é o gato.
O psicólogo canadense Robert Hare, criador de uma escala usada mundialmente para medir os graus de psicopatia, queria entender o motivo pelo qual, em alguns seres humanos, a punição não tem efeito algum, e por que uma pessoa aparentemente normal pode fazer as piores coisas sem sentir remorso. A curiosidade levou-o até os labirintos da psicopatia - doença para a qual, até hoje, não se vislumbra cura, segundo Hare. O que se tenta é reduzir os danos que a psicopatia causa aos seus portadores e aos que os cercam.
Ninguém nasce psicopata, nasce com tendências para a psicopatia. A psicopatia não é uma categoria descritiva, como ser homem ou mulher, estar vivo ou morto. É uma medida, como altura ou peso, que varia para mais ou para menos, algumas características que aproximam uma pessoa do número 40, o grau máximo que a escala de Hare estabelece.
As principais características são ausência de sentimentos morais, como remorso ou gratidão, extrema facilidade para mentir e grande capacidade de manipulação. A escala é usada em pesquisas clínicas e forenses para avaliar o risco que um determinado indivíduo representa para a sociedade.
Aqui tem a entrevista na íntegra.

Massacre em escola no Rio de Janeiro mata 12 crianças

Wellington Menezes de Oliveira, de 24 anos, ex-aluno da escola municipal Tasso da Silveira, em Realengo (RJ), invadiu a unidade por volta das 8h30 desta quinta-feira (07), e atirou contra os alunos.
As informações da Secretaria da Saúde do Rio de Janeiro são de que até o momento morreram 12 crianças - dez meninas e um menino, com idades entre 12 e 15 anos. Outras 18 pessoas ficaram feridas. As vítimas foram levadas pelo Corpo de Bombeiros para o hospital Albert Schweitzer, hospital da Polícia Militar e outras unidades de emergência do Rio.
O criminoso foi baleado pela polícia e em seguida se matou com um tiro na cabeça. O comandante do 14º Batalhão (Bangu) da Polícia Militar em Realengo, coronel Djalma Beltrame, informou que o assassino usou dois revólveres calibre 38, e levava muita munição. Ele recarregou as armas nove vezes e disparou 66 tiros, segundo a polícia.
Testemunhas afirmaram que o assassino abria as portas das salas e atirava contra as crianças. Não se sabe a motivação do crime. De acordo com a Secretaria Municipal da Educação, a escola atende estudantes com idades entre 9 a 14 anos - da 4ª a 9ª série, e tem 999 alunos, sendo 400 no período da manhã.
Os mortos
Ana Carolina Pacheco da Silva, de 13 anos
Bianca Rocha Tavares, de 13 anos. Muito caseira, gostava de navegar pela internet e ajudava a avó a arrumar a casa. Sua irmã gêmea, Brenda, ficou ferida.
Géssica Guedes Pereira, de 15 anos. Aluna do 7º ano, estava na escola desde o 4º. Segundo sua mãe, Sueli Guedes, era uma menina alegre, cercada de amigos. "O sonho da minha filha era estudar na Marinha. Ela estava fazendo um curso preparatório. Agora vai ser difícil olhar para as coisas dela", disse. A mãe soube da tragédia pela TV. Foi procurar a filha no hospital Albert Schweitzer. Lá reconheceu, por foto, o corpo da filha. Géssica tinha duas irmãs.
Igor Moraes da Silva, de 13 anos
Karine Lorraine Chagas de Oliveira, de 14 anos. A tia de Karine, Ana Paula Oliveira dos Santos, soube da história pela televisão e correu para o local junto com a avó da menina, a camelô Nilza Candelária Ferreira, de 63 anos, que criava Karine desde que ela tinha três anos. A tia e a avó tentaram ligar diversas vezes para o celular de Karine, até que um aluno atendeu e disse que havia encontrado o aparelho no chão e que os feridos tinham sido levados para o hospital. "Minha neta só estudava, estava feliz da vida. Queria que fosse eu no lugar dela!", disse, aos prantos a avó.
Larissa dos Santos Atanázio, de 14 anos. Evangélica, frequentava a igreja todo domingo. Dona de olhos castanhos, sonhava ser modelo e já havia se apresentado em desfiles pequenos. O irmão Alex, de 13 anos, também foi ferido e está em estado de choque, em casa.
Laryssa Silva Martins, de 13 anos.
Luiza Paula da Silveira Machado, de 14 anos.
Mariana Rocha de Souza, de 12 anos. A madrinha de Mariana, Nadia Ribeiro, contou que o irmão dela, Eduardo, de nove anos, também estudava na escola e estava em um andar acima quando ouviu os tiros. Mariana sentava ao lado da porta, na sala de aula. Sonhava se tornar modelo, era muito vaidosa e adorava tirar fotografias.
Milena dos Santos Nascimento, de 14 anos. Aluna do 6º ano, estudava na escola desde a 1ª série. O pai, Valdir dos Santos Nascimento, contou que ela adorava estudar e que tem outras duas filhas na escola. "Não quero que elas voltem para lá. Minha filha era uma aluna exemplar", disse. Revoltado, Valdir disse que o que aconteceu não foi por falta de segurança. "Foi uma ação feita por um idiota e qualquer um poderia ter feito isso".
Rafael Pereira da Silva, de 14 anos.
Samira Pires Ribeiro, de 13 anos. Matriculou-se esse ano na escola. A família peregrinou por três hospitais até conseguir reconhecer a foto da filha, no hospital Albert Schweitzer. Morreu ao lado de uma das melhores amigas, Larissa dos Santos Atanázio.
As informações são da Secretaria da Segurança Pública do Rio de Janeiro e do Instituto médico Legal (IML).
A carta do criminoso
"Primeiramente deverão saber que os impuros não poderão me tocar sem luvas, somente os castos ou os que perderam suas castidades após o casamento e não se envolveram em adultério poderão me tocar sem usar luvas, ou seja, nenhum fornicador ou adúltero poderá ter um contato direto comigo, nem nada que seja impuro poderá tocar em meu sangue, nenhum impuro pode ter contato direto com um virgem sem sua permissão, os que cuidarem de meu sepultamento deverão retirar toda a minha vestimenta, me banhar, me secar e me envolver totalmente despido em um lençol branco que está neste prédio, em uma bolsa que deixei na primeira sala do primeiro andar, após me envolverem neste lençol poderão me colocar em meu caixão. Se possível, quero ser sepultado ao lado da sepultura onde minha mãe dorme. Minha mãe se chama Dicéa Menezes de Oliveira e está sepultada no cemitério Murundu. Preciso de visita de um fiel seguidor de Deus em minha sepultura pelo menos uma vez, preciso que ele ore diante de minha sepultura pedindo o perdão de Deus pelo o que eu fiz rogando para que na sua vinda Jesus me desperte do sono da morte para a vida.
Eu deixei uma casa em Sepetiba da qual nenhum familiar precisa, existem instituições pobres, financiadas por pessoas generosas que cuidam de animais abandonados, eu quero que esse espaço onde eu passei meus últimos meses seja doado a uma dessas instituições, pois os animais são seres muito desprezados e precisam muito mais de proteção e carinho do que os seres humanos que possuem a vantagem de poder se comunicar, trabalhar para se alimentarem, por isso, os que se apropriarem de minha casa, eu pelo por favor que tenham bom senso e cumpram o meu pedido, por cumprindo o meu pedido, automaticamente estarão cumprindo a vontade dos pais que desejavam passar esse imóvel para meu nome e todos sabem disso, senão cumprirem meu pedido, automaticamente estarão desrespeitando a vontade dos pais, o que prova que vocês não tem nenhuma consideração pelos nossos pais que já dormem, eu acredito que todos vocês tenham alguma consideração pelos nossos pais, provem isso fazendo o que eu pedi."

Para quem perdeu o show de Jussara Silveira e para quem viu também

Base do próximo disco de Jussara Silveira, o show Ame ou se Mande voltou à cena carioca na noite de 6 de abril de 2011, em apresentação única no Solar de Botafogo, no Rio de Janeiro (RJ). O show estreou em fevereiro, no Centro Cultural Banco do Brasil, dentro do projeto Tabuleiro da Bahia.
Ladeada pelo percussionista Marcelo Costa e pelo tecladista Sacha Amback, a cantora - vista em foto de Rodrigo Amaral - apresenta roteiro que encadeia com primor músicas de Arnaldo Antunes, Caetano Veloso, José Miguel Wisnik, Luiz Melodia, Roberto Mendes.
Jussara abre e fecha o show (já no bis) com A Voz do Coração, canção da obra de Celso Fonseca com Ronaldo Bastos. A música que batiza o show, Ame ou se Mande, é versão em português - assinada por Luís Ariston - de Love or Leave me, standard americano de 1928, de autoria de Walter Donaldson e Gus Kahn.
Eis o roteiro seguido por Jussara Silveira no show:
1. A Voz do Coração (Celso Fonseca e Ronaldo Bastos)
2. Ifá
3. Madre Deus (Caetano Veloso e José Miguel Wisnik)
4. Contato Imediato (Arnaldo Antunes, Carlinhos Brown e Marisa Monte)
5. Marcianita (J. I. Marcone e G. V. Alderete em versão de Fernando César)
6. O Dia que Passou (Luís Ariston e Toni Costa)
7. Ame ou se Mande (Love me or Leave me) (Walter Donaldson e Gus Kahn em versão de Luís Ariston)
8. Muito Romântico (Caetano Veloso)
9. Tenho Dó das Estrelas (José Miguel Wisnik sobre poema de Fernando Pessoa)
10. Doce Esperança (Roberto Mendes e J. Velloso)
11. Salve Linda Canção sem Esperança (Luiz Melodia)
12. Filosofias (Francisco Viana e João Linhares Barbosa) - citação a capella
13. Babylon (Zeca Baleiro)
14. Quero que Vá Tudo pro Inferno (Roberto Carlos e Erasmo Carlos)
15. Dê um Role (Moraes Moreira e Galvão)
Bis:
16. Morena do Mar (Dorival Caymmi)
17. A Voz do Coração (Celso Fonseca e Ronaldo Bastos)

Vândalos apedrejam ônibus em Feira de Santana

Ao menos dez ônibus foram apedrejados no município de Feira de Santana (a 107 km de Salvador), na noite de ontem (06). O ato de vandalismo aconteceu depois de uma manifestação de estudantes, motivada pela insatisfação deles com o aumento no reajuste (9%) do valor do transporte coletivo, de R$ 2,35. Não há informações sobre feridos ou sobre quantas pessoas participaram do ato. Ninguém foi preso.